Origens
No período da escravidão, os escravistas eram interessados exclusivamente na força de trabalho do africano, mas nos porões dos navios negreiros, além de músculos, vinham ideias, sentimentos, tradições, mentalidades, hábitos alimentares, rituais, canções, crenças religiosas, formas de ver a vida, e o que é mais incrível, o africano levava tudo dentro de sua alma, pois não lhe era permitido carregar seus pertences.
Da Nigéria e do Benin vieram as principais raízes dos cultos afro-brasileiros, o Candomblé da Bahia, o Xangô de Pernambuco, o Tambor de Mina do Maranhão e o Batuque do Rio Grande do Sul, os quais possuem fortes vínculos de origem com as crenças religiosas dos povos de língua iorubá e fon.
Em Ouida, onde ficava um dos grandes portos de embarque de escravos, os negros percorriam um caminho de cinco quilômetros da cidade até o porto. Neste percurso todo escravo que era embarcado, eram obrigados a dar voltas em torno de uma árvore. A árvore do esquecimento.
Os escravos homens deviam dar nove voltas em torno dela. As mulheres sete voltas. Depois disso supunha-se que os escravos perdiam a memória e esqueciam seu passado, suas origens e sua identidade cultural, para se tornarem seres sem nenhuma vontade de reagir ou se rebelar.
Mas, o escravo não esquecia nada, porque quando chegou aqui recriou suas divindades. Conseguiu refazer tudo aquilo que ficou para traz. Hoje, nos diversos estados brasileiros se tem verdadeiras ilhas de África, pois se mantém muito vivas as tradições religiosas iorubá e jêje. Devido à multiplicidade nas origens, a estruturação e a prática dos rituais tomaram formas diferentes em cada região do país.
No Batuque do Rio Grande do Sul, também, os religiosos pertencem a nações diversas, portanto, possuem tradições diferentes. Todavia, a influência da nação Ijexá é grande no conjunto dos rituais africanos executados nos terreiros de origem Jêje, Oyó e Cabinda.
Orixás
Orixás, regentes do mundo terrestre com várias definições a seu respeito, mas em princípio os Orixás são divindades intermediárias entre o Deus Supremo, Olorum, e o mundo terrestre. Foram encarregados de administrar a criação e a continuidade da vida na terra.
Os Orixás se comunicam com os seres humanos através de vistosos e complexos rituais. As estórias de cada um são conhecidas através das rezas (cânticos), suas comidas, no ritmo de seus toques, nas suas cores e seu domínio em determinadas forças da natureza.
Os Orixás estão subordinados a um Deus Supremo chamado Olorum ou Olodumare, mas não há nenhum culto ou altar dirigido diretamente à ele, o contato é feito através dos Orixás, seus intermediários.
Nossa tradição guarda o axé (força) de cada Orixá em um Okutá (pedra) que é colocada em uma vasilha junto a outras “ferramentas”, que ficam sob a guarda do babalorixá ou Yalorixá; mas a força maior está solta na natureza, apenas parte dela, simbolicamente fica no Okutá.
Nas cerimônias para convocar os Orixás, tradicionalmente, é através de cantos acompanhados com o toque dos tambores, com ritmos identificados para cada divindade.
As cerimônias são diversas, são ofertados presentes, comidas diferentes para cada um e sacrifícios que envolvem animais de quatro pés e aves; tirando a parte dos Orixás toda carne é consumida pelos participantes e membros da comunidade. Aos orixás rogam-se proteção, saúde, paz, em fim, pedidos específicos às necessidades de cada um em particular.
Os Orixás intercedem de acordo com o domínio que cada um exerce sua influência no aspecto da vida, como por exemplo, Bará para abrir os caminhos, Xangô para justiça, Oxum para fertilidade e assim por diante.
É magnífico poder escrever sobre a religião africana, mas há rituais muito particulares, nos quais alguns praticantes, não estão se preocupando em guardar o segredo, alguns estão colocando em público, rituais que os antigos levariam anos, até passarem para aqueles que mostravam sigilo absoluto, e que guardariam para confidenciar apenas aos seguidores de merecimento. Todas as religiões importantes do mundo doutrinam e ensinam, mas os maiores segredos um mestre só passa para outro mestre.
Existem aspectos cerimoniais que regulam o relacionamento dos serem humanos com as divindades. As regras são muitas, numa espécie de quebra cabeças, com começo, meio e fim, montado com interpretações simbólicas dos mitos que envolvem os orixás, e constituem uma grande rede interligada de deveres e direitos, obrigações e possibilidades, extremamente complexa e cheia de nuanças, inclusive possibilitando diversas variações que só quem é do meio pode saber e executar. A forma organizada na África deve ser perpetuada. Não temos o direito de mudar algo estabelecido a séculos, mesmo que queiram rotular nossos rituais de primitivos e ultrapassados, temos que procurar manter a força espiritual que envolve nossa religião, esta poderosa raiz deixada por nossos ancestrais.
Um caminho que nos faz ter contato com os orixás é através da incorporação; este é o processo pelo qual a entidade se manifesta em seu filho(a) que passou pelos mais diversos rituais de iniciação. Contudo há casos de incorporação de não iniciados. É possível uma pessoa estar assistindo um ritual pela primeira vez e se identificar com as forças espirituais energéticas referentes ao seu orixá, e ter esta manifestação espontânea.
Na maior parte, a manifestação dos orixás acontece em dias de festas. No batuque, nestas ocasiões, podemos falar; pedir auxílio, consultar, abraçar e ser abraçado por eles; em fim pode-se ter um contato direto com os orixás. Uma característica específica que diferencia o batuque das demais religiões afro-brasileiras é o fato do iniciado não saber, em hipótese alguma, que é incorporado pelo orixá. Esta peculiaridade provém de longínquas aldeias do interior da África, e faz parte dos rituais desde o início da estruturação da religião no Estado do Rio Grande do Sul a mais de duzentos anos.
Outro caminho que nos leva aos Orixás são os Búzios. A cerimônia do jogo dos Búzios é o instrumento usado no dia a dia para consulta aos Orixás. Através dele podemos receber orientações, conselhos e advertências.
Os Orixás cultuados no Batuque do Rio Grande do Sul são: Bará, Ogum, Oyá ou Iansã, Xangô, Ibêji, Odé, Otim, Obá, Ossãe, Xapanã, Oxum, Yemanjá e Oxalá.
BARA
Mensageiro divino, guardião dos templos, casas e cidades. É o dono de todas as portas, de todas as chaves e de todos os caminhos. É reverenciado em primeiro lugar em todos os terreiros de nação africana. Recebe suas oferendas nas encruzilhadas.
Se estiver atrapalhado, sem emprego, sem rumo, ou deseja realizar qualquer tipo de negócio se apegue com este Orixá, o Bará pode te dar a solução.
Não existe nenhum terreiro de tradição africana que não tenha o assentamento do Bará. Ele é o princípio e o fim de tudo, até após a morte de um iniciado na religião, o primeiro a receber ritual é o Bará.
Bará em Yorubá quer dizer força; se for bem tratado reage favoravelmente em prol de quem lhe oferendou. Olorum concedeu ao Bará o privilégio de receber as oferendas em primeiro lugar. Sem ele nossas orações não seriam ouvidas por nenhum outro Orixá, nem mesmo no orum.
O dia da semana consagrado ao Bará é a segunda-feira, sua cor principal é o vermelho.
Os Barás cultuados no Batuque do Rio Grande do Sul são:
BARÁ LODÊ: Exu Lodê tem seu assentamento feito do lado de fora do templo. Divide sua morada com Ogum Avagãn. É o Orixá que mantém a estrutura do templo; a sustentação dos terreiros depende do Bará Lodê.
BARÁ ADAGUE: Recebe suas oferendas nas encruzilhadas; seu assentamento é feito dentro do templo; é um dos mais requisitados, pois faz a frente de Ogum, Oyá, Xangô, Odé, Otim, Obá, Ossãe e Xapanã.
BARÁ LANÃ: Trabalha nos cruzeiros (encruzilhadas). Tem as mesmas atribuições do Bará Adague. Responde também nos cruzeiros de mato.
BARÁ AJELÚ: Este é o exu que faz a frente dos Orixás de água, Oxum, Yemanjá e Oxalá.
Além do epô (azeite de dendê) usa-se mel nas suas oferendas.
Ogum
Ogum é uma antiga divindade yorubá, senhor da guerra e do ferro; privilegiado com o dom de dominar os metais. Foi um dos primeiros Orixás a descer para a terra e encontrar habitação adequada para os humanos no futuro. Trabalhava dia e noite em sua forja para servir todos os humanos. Suas mãos hábeis transformaram tudo que foi colocado diante dele. Sua capacidade de criar surpreendeu os outros Orixás. Ogum também é ligado à agricultura, mas no Brasil é mais conhecido com deus dos guerreiros.
Ogum é a figura que se repete em quase todas as formas conhecidas de mitologia universal; é um dos mais cultuados especialmente por ser associado à luta, à conquista; assim como Bará é a figura mais próxima dos seres humanos que o invocam para vencer a constante luta cotidiana na terra.
Ogum, além de ser deus da metalurgia e da tecnologia, é o patrono da força produtiva que retrabalha a natureza, que transforma através do calor e das repetidas batidas um mineral bruto (ferro) no aço laminado e suas manifestações práticas (lança, escudo etc.), aplicadas por extensão, a qualquer transformação que o homem provoca na natureza para deixá-la, produtivamente, à sua disposição.
Ogum é considerado protetor de todos os guerreiros, e sua relação com os militares tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, o santo guerreiro católico, associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo yorubá.
Enquanto Xangô julga o certo e o errado depois do fato consumado, Ogum é empreendedor e decidido, é o que faz justiça com as próprias mãos, jamais deixando para outro o que julga ser um problema seu. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo. Quando apaixonado, sua sexualidade é devastadora, que não se contenta em esperar e nem aceita rejeição.
Fora da guerra, é um Orixá da alegria, da diversão, da delícia de viver, especialmente do contato com os amigos e camaradas etc.
No Rio Grande do Sul cultuamos várias qualidades de Ogum, entre eles estão o Ogum Avagãn, que tem seu assentamento junto com o Bará Lodê, e seus otás ficam do lado de fora do templo em uma casa individual; Ogum Onira ou onirê, que seria o rei da cidade de Irê; e Ogum Adiolà, que faz companhia aos Orixás de água, Oxum, Yemanjá e Oxalá.
Todos Babalorixás e Yalorixás têm que ter o assentamento de Ogum em seu terreiro, pois sem ele não poderiam fazer uso do axé de obé (faca) em seus rituais. Suas cores são o vermelho e verde, porém, alguns sacerdotes da antiguidade usavam também o azul marinho em seus fios de contas. O dia de Ogum é quinta-feira, e o sincretismo é com São Jorge.
Oya / Iansã
Oyá é a primeira entidade feminina a surgir nas cerimônias. Esposa de Ogum, largou-o quando se deixou fascinar pelo magnetismo de Xangô. Nesse ponto as lendas se dividem. Algumas atribuem à Iansã uma imensa e terrível paixão por Xangô, sentimento este que se manifesta através de sua eterna presença ao lado dele. Dado o seu caráter extrovertido, Iansã permanecia ao lado de Xangô não só no dia-a-dia cotidiano, mas também nas guerras, nas caçadas e qualquer outra situação. Há diversas lendas a respeito deste triangulo amoroso mais conhecido do batuque, de qualquer forma, a paixão de Ogum por Iansã sobreviveu à separação. De acordo com as diferentes interpretações, tornaram-se inimigos de morte por causa disso. Os duelos entre Ogum e Oyá constituem uma das cerimônias coreográficas mais bonitas dos terreiros brasileiros.
Além de Xangô, Oyá é o único orixá que não teme os Eguns, é a guardiã do reino entre a vida e a morte, é ela quem dá assistência na transição final; ela pode reter o espírito da morte ou chamá-lo adiante, ela é o último suspiro. Oyá rege os cemitérios e os mortos.
Ninguém quer enfrentar Iansã numa batalha por que ela é tão feroz e astuta como qualquer homem, nem um outro Orixá quer lidar com a ira de Oyá. Não há receios à Oyá, exceto Xangô.
Ela é conhecida por sua inteligência, independência, coragem, graça, sensualidade, poder e paixão intensa.
É dito e conhecido que Oyá é muito leal aos seus filhos e perigosa para seus inimigos. Ela pode vir tão suave e fresca como uma brisa de verão ou violenta e cruel como um furacão e causar devastação total em seu mundo.
Olorum deu à Oyá a responsabilidade a responsabilidade de limpar a atmosfera ao redor do planeta e proporcionar o equilíbrio de gases para sustentar toda forma de vida.
Embora Oyá seja forte e guerreira brilhante, ela também é bonita e elegante. Ela gosta do calor da batalha, tanto como Xangô, mas nunca perde sua feminilidade. Seu sincretismo é com Santa Bárbara; seus dias da semana são terça e quinta-feira e suas cores são o vermelho e o branco.
qualidades de Odé mais cultuadas no candomblé ketu
Akueran é um Odé que quando bem fundamentado, traz muita prosperidade, tanto para a iyawo, quanto para o ile axe.
Dana Dana é um Odé difícil de lidar, e por isso muitos Sacerdotes não gostam de iniciar pessoas deste Orixá.
Isambo caminha com Omolu.
Onikunle é um Odé das montanhas.
Aberunja é um pescador.
Kare tem uma forte ligação com Oxun e toda sua fundamentação caminha nesse sentido.
Inle/Ibualamo, para alguns axés são qualidades diferentes de Odé, para outros são o mesmo Orixá.
ODÉ INLE-Na África, Erinle tinha o seu próprio culto. No Brasil, Erinle foi incorporado ao culto de Oxossi.assim como ibualamo
SOBRE ODÚ OBARÁ
importante comentário sobre o Odu Obara.
Obará é o Odu onde nasceu a vida humana e espiritual.
É por este Odu que podemos compreender melhor os assentamentos de Orixás.
Obara quer dizer: "rei do corpo"(físico e espiritual).
Um Assentamento só pode ser feito através de um de um ritual, que envolve uma grande variedade de materiais, folhas, rezas, animais... tudo ligado ao fenômeno da natureza que se quer Assentar, ou
seja: tudo ligado ao Orixá que se quer assentar.
O Orixá, vendo e gostando daquilo que está sendo feito no ritual, vai se aproximando e tomando "vida". Ficando aquele assentamento(que representa o "corpo" do Orixá), impregnado com a sua essência.
Portanto, assentar um Orixá é dominar um fenômeno da natureza, para que nos traga benefícios através dos presentes que lhe são ofertados, para que nos traga: equilíbrio, vida longa, prosperidade, felicidade,
filhos, vitórias... Enfim, as coisas boas da vida.
oxossi não come a cabeça dos bichos
O Ori(cabeça) dos animais de Oxossi são um Ewo, uma interdição desse Orixá.
Oxossi não come a cabeça dos bichos!
Vamos descrever o mito que explica por quê não se oferece o Ori(cabeça) dos bichos à Oxossi.
Comemorando uma caçada vitoriosa, Oxossi deu uma grande festa. Matou um boi e colocou a cabeça na porta do palácio.
Todos os Orixás se faziam presentes na grande festa; Oxum com sua faceirice encantava a todos; Yemanjá com sua elegância, coberta de jóias; Xangô dançava freneticamente ao som dos tambores...
Os bandidos da aldeia vizinha souberam da grande festa dada por Oxossi, e se puseram à espreita, aguardando o momento certo para saquear o palácio.
Avançaram, mas quando chegaram na entrada do Palácio, a cabeça do boi mugiu, avisando a presença dos inimigos, os quais foram imediatamente pegos e mortos, ficando o palácio salvo do saque.
Desse dia em diante, Oxossi exigiu que não se oferecesse cabeças em seus rituais. E em consideração passou a cultuar o boi como um animal sagrado.
Apenas uma qualidade de Oxossi aceita a cabeça do boi.
Tanto no culto africano, quanto no
candomblé, a palavra tem grande importância e poder.
A cultura Yorubá é realmente fantástica! As palavras, cantadas ou faladas, impulsionam o Axé.
Ressaltamos porém, que Exu é capaz de entender qualquer idioma. Mas devemos reconhecer as pérolas que nos
foram trazidas pelos africanos no idioma Yorubá: orins, adurás, gbadurás, orikis e ofós.
Se entendemos o que estamos cantando, rezando ou falando, fica mais fácil aprender o nosso Culto.
Além de podermos sincronizar melhor o nosso sentimento, e desta forma, impulsionar com mais força o Axé do ritual que está sendo feito.
Assim, com certeza, os bons resultados virão mais rápido.
yansã-oyá
Yansan é uma Iyagba que dependendo da sua qualidade
irá se ligar a diferentes elementos da natureza.
Apresentando com isto, diferenças marcantes na forma
de Cultuá-la, inclusive em seus toques e danças.
Oya Onira, por exemplo, é um caminho de Oya que come dentro da água. Este é um fundamento muito importante dessa poderosa Iyagba.
Fazer os fundamentos específicos de cada caminho de
Oya é muito importante, para que possamos com segurança atrair toda a sua positividade. Tanto para a Iyawo, como para o Ilê Axé.
O JOGO DE BÚZIOS
Seguindo em frente: a única forma de se comunicar com os Orixás é através de Ifá.
No Brasil o Jogo de Búzios é o mais utilizado pelos Sacerdotes de Orixás do Candomblé, para estabelecer uma espécie de conversa com as Divindades.
Muitos dizem que pelo arquétipo ou através de cálculos matemáticos é possível confirmar o Orixá de uma pessoa.
Mas a única forma de confirmar Orixá é através do Jogo de Búzios, é através de Ifá.
Os arquétipos de Orixás e as características que eles imprimem em seus filhos, foi trazida para o Brasil por Pierre Verger.
Realmente o Orixá imprime sua marca no filho.
Mas o Orixá tem as suas características mudadas, de acordo com o Odu que ele vem.
E aí a coisa se complica e pode levar a um erro. Temos sempre que considerar o Odu que o Orixá vem.
Um mesmo Orixá pode apresentar caracterícas bem diferentes, pelo fato de virem por Odus diferentes.
CULTUANDO O ORIXÁ
Para cultuar um Orixá, uma Energia da Natureza, é preciso saber as rezas, as cantigas, os orôs, os ebós... e os objetos utilizados para o culto daquele Orixá.
Melhor ainda, é saber o significado que cada objeto utilizado representa dentro do culto.
Ha um Mito, até bem conhecido, onde Yansan assume duas formas: uma "humana" e outra "animal". Sendo esta outra forma(animal), um outro Poder de Yansan.
Mas aí, você me diz que não está entendendo. Então, eu vou explicar melhor.
Quando cultuamos um Orixá, tudo é feito com o objetivo de agradar aquele Orixá, para que ele goste do que está sendo feito, para que ele chegue e para que ele retribua
com positividades.
E você diz: mas , e o Mito? O que é que o Mito tem haver com isso?
Vamos lá: são através dos Mitos que conhecemos os feitos e as características de um Orixá, ou seja: são através dos Mitos que conhecemos e entendemos importantes fundamentos de um Orixá.
O Mito a que me referi e que mostra o poder que Yansan tem de se transformar, nos revela um objeto de grande fundamento no Culto de Yansan: os chifres de búfalo.
Os Chifres de Búfalo não podem ou não devem faltar no Culto de Yansan. Os Chifres de Búfalo representam o seu Duplo Poder.
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