sexta-feira, 13 de setembro de 2013

ODUS E EXPLICAÇÕES (JOGO DE BUZIOS)

Olá irmãos


Que a paz de Oxalá esteja com todos


Este estudo mto complexo aqui apresentado de forma simples para elucidar o Odu de cada um, saiba qual o seu odu.

Como descobrir meu odu? Simples some a sua data de nascimento por exemplo nosso blog: 17/02/2008, sendo assim somamos os números: 1+7+0+2+2+0+0+8= 20 ( se o número foi maior que 16 continuamos somando) 2+0= 2 Odu Nº2.

Os odus são dividos em 16, o Odu tem a finalidade de mostrar o enredo (Eledá) da vida de cada pessoa, mostras as ligações astrais vamos aos Odus.Existem dezesseis Odu maiores no "Odù Ifá literary corpus" ('livros'). Quando combinados, existem um total de 256 Odu acreditando referir-se todas as situações, circunstâncias, ações e conseqüências na vida. Estes constituem a base do conhecimento tradicional yoruba espiritual e são a base de todos os sistemas de adivinhação yoruba.


  1. Um búzio aberto - Okaran
  2. Dois búzios abertos - Ejiokô
  3. Três búzios abertos - Etaogundá
  4. Quatro búzios abertos - Irosun
  5. Cinco búzios abertos - Ôxê
  6. Seis búzios abertos - Obará
  7. Sete búzios abertos - Ôdi
  8. Oito búzios abertos - Êjioníle
  9. Nove búzios abertos - Ossá
  10. Dez búzios abertos - Ôfun
  11. Onze búzios abertos - Ôwarin
  12. Doze búzios abertos - Êjilaxeborá
  13. Treze búzios abertos - Êjilobon
  14. Quatorze búzios abertos - Iká
  15. Quinze búzios abertos - Obéogundá
  16. Dezeseis búzios abertos - Êjibé


Odu é um conceito do Culto de Ifá mas também usado no candomblé, interpretado no merindilogun, na caida de búzios.A palavra odu vem da língua yoruba e significa destino. Cada Homem (Ser) possui o seu destino, hora com passagem que se assemelham a de outros mas sempre com alguma particularidade. Isso é melhor compreendido com o estudo do Odu, pois odu é o destino de cada um. Para esse estudo são usadas diversas técnicas ou métodos, como por exemplo Cabalas, Oráculos, Merindilogun, Ifá, Ikin, ect

O Culto de Ifá por costume é feito por homens, chamados Babalawô, diferente dos cultos realizados no Candomblé que são praticados por homens Babalorixá e muheres Iyalorixá. Nos tempos mais antigos, como até os tempos mais modernos, no continente de origem (África), quando alguém quer cuidar de seu Orixá procura um Babalorixá ou Iyalorixá, mas quando é para tratar de seu equilíbrio enquanto Ser, procura um Babalawô que o fará pelos caminhos de Odu.

 Odu Okaran  ( Orixá Exu)
Okaran é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com uma concha aberta pela natureza e quinze fechadas. Nesta caída responde Exu, indicando novidades, situação difícil, calúnia e conflitos.
Exu adverte que há perigo de roubo, brigas, discussões, inimizades, intrigas, perda de emprego, separação, prejuízo em qualquer tipo de negócio, sustos. Adverte também que está sujeito a prisão, acidentes, feitiços e os caminhos fechados.

O consulente sente dificuldade em realizar seus negócios, impedindo por inimigos ou pessoas invejosas, é necessário fazer ebó, para retirar as perturbações, e para que exu trabalhe em sua defesa. Quanto a personalidade das pessoas regidas por esse odu, na verdade é um mau caráter, pois além de prejudicar a própria vida, procura transformar a dos outros, sem se importar com ninguém. Provocam intrigas e separações, mesmo que seja dos próprios pais, filhos ou de qualquer outra pessoa. quando a regência for de ÒKÒRÁN MEJI, a pessoa é altamente problemática, mas, se caso o outro ODÚ seja mais tranquilo, terá seu caráter amenizado, quando sair este odu no jogo, deverá ser despachada a porta, com uma quartinha usada para esse fim.

Odu Ejiokô ( Orixá Ibeji ou Oxalá)
Ejiokô é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com duas conchas abertas pela natureza e quatorze fechadas. Nesta caída responde Ibeji e Oxalufan, significando casamento, disputa amorosa, inveja, e até mesmo briga com irmãos e familiares para recebimento de herança. Apesar de Ibeji responder nesta caída, é oxala quem comanda (protetor das crianças), por causa da personalidade instável de Ibeji. , fala em mediunidade, representa também ciências Ocultas; nas demais caídas fala de demandas, indecisões, gravidez. Quanto a personalidade das pessoas regidas por esse ODÚ ou sob sua influência, são muito alegres e felizes, possuem muita sorte, porém não chegam a ficar ricos, não são ambiciosos e procuram dividir tudo o que possuem. São muito confiantes, voluntariosos, geniosos, prepotentes, exigentes e tentam sempre impor suas vontades. Dessa maneira adquirem constantemente inimigos declarados e ocultos, pois pessoas desse ODU são muito invejadas e vítimas de inimigos traiçoeiros, acarretando muitas demandas para impedir o completo triunfo das pessoas sob essa influência.
Para que possam ter sucesso deverão aprender a guardar segredo de todas as suas verdadeiras intenções e se algo sair errado, se tornam muito sofridas, quando algo não lhes sai como desejam, e, aí, fazem mexericos e criam grandes confusões, mas como geralmente possuem bom coração, logo se arrependem do que fizeram e procuram contornar a situação criada por eles mesmos e tentam tudo para reconquistar as amizades perdidas. Sofrem muito por doenças, amores não correspondidos, enfim, a personalidade é bem instável.

Odu Etaogundá (Orixá Ogum)
Etaogundá é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com Três conchas abertas pela natureza e treze fechadas. Nesta caída responde Ogum. O consulente tem que ser acolhido imediatamente, pois precisa urgente de uma limpeza de corpo e um bory, devido ao risco de uma grande depressão até mesmo de vida. Ogum se apresenta com toda força da espada da Lei da justiça, é um ODU justiceiro, por ser ele o Senhor das lutas e das batalhas. Quando esse odu se apresenta no jogo, o consulente deverá ser esclarecido a fim de encontrar forças necessárias para enfrentar todas as situações desagradáveis e jamais recuar diante de qualquer obstáculo. Somente não deverá agir com impulso de maldade e sim, espírito de bondade e esperteza, e muita calma, pois é uma indicação de dificuldade com alguns prejuízos e graves conseqüências. O consulente deverá ficar em alerta, pois haverá fracassos nas realizações de grandes projetos, quando esse fato acontece, é preciso que o consulente tenha muita calma e paciência, pois esse e um caminho imposto por esse odu, e nesse momento, este deverá agir com prudência e acima de tudo com justiça. Não deve depositar confiança demasiada em certos amigos, pois no meio deles haverá um traidor, um falso amigo.

O consulente só terá bons lucros e bons resultados, mediante seus próprios esforços e sacrifícios, pois deverá ter muito cuidado para não haver acidentes em rua, estradas, doenças graves e decepções. Os caminhos desse odu, quando em suas fases negativas, poderão indicar também brigas, pancadarias, prisões, separações, desfecho de caso na justiça, documentos importantes sem andamento, rompimento de uma sociedade, falência e separação amorosa. Deverá ser alertado, quanto a todas essas possíveis situações desastrosas, incluindo também um aviso importante que haverá perigo de papeis comprometedores, nesse caso, este deverá ter muita calma e cautela com essa situação, e de que ele somente vencerá todos os obstáculos, se ele próprio tiver razão, pois esse odu, só age pela razão.
O homem regido por esse ODÚ, é muito viril, sério e organizado; quando a mulher, tem muita fertilidade, mas não é sensual (sexy). Tanto um, quanto o outro, são radicais, olho por olho, dente por dente.

Odu Irosun (Orixá Oxossí ou Obaluâe)
Irosun é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com quatro conchas abertas pela natureza e doze fechadas. Nesta caída responde Oxossí, Omolu, Iemanja e Egun. Significa preocupação com saúde e espiritualidade, provavelmente o consulente se tornará líder espiritual sendo um Ogan,até mesmo Babalorixa ou Iyalorixa. Esta caida pode pronunciar calúnias e injustiças, ocasionadas por Egungun, e sendo este odu, um dos odu ligado a omolu ou obaluaye, as pessoas regidas por este ele, tendem a sofrer todos esse tipos de problemas. Porém Iemanjá, nesta caída, responde com certa decisão e justiça e equilibrio de Ori. oxala, por sua vez, também promete dar um pouco de alívio e proteção.
Devido ao caminho imposto por esse ODÚ, em sua fase negativa traz influências desagradáveis e causa principalmente ao seu consulente ou a quem é regido por ele, um círculo de falsos amigos. Este ODÚ tem grandes poderes de sabedoria, em sua fase positiva, ele propicia alívio a doenças e caminhos fechados, porém nem todos os problemas poderão ser totalmente resolvidos, mas pelo menos aliviados. É um ODÚ de grandes causas no seu lado positivo, propõe-se a defender o consulente em todos os aspectos. Ele determina fim de sofrimento, traz grandes possibilidades de triunfos e de cargos, terá possibilidades de se envolver com grandes personalidades, é também envolvido em mistérios, indica mediunidade, bom caráter, cargo de chefia na casa de santo e no trabalho.
Quando se posiciona à esquerda, indica grandes desgraças, ciladas, roubos, indecisões, calúnias, traições de pessoas amigas, acidentes, muitas tristezas, paixões violentas, muita falsidade, até mesmo dentro de casa e no trabalho, além de perigo de morte repentina. Já quando sai a direita, é indicação de que haverá resolução dos problemas por pior que sejam.

Odu Ôxê (Orixá Oxum ou Iemanjá)
 Ôxê é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com cinco conchas abertas pela natureza e onze fechadas. Nesta caída responde Oxum, Iemanja. Consulente com grandes possibilidades de relacionamento duradouro, busca o prazer em tudo que faz, amavel e responsável. Deve-se chamar atenção para os problemas ligado ao aparelho reprodutor.
Quem é regido por esse ODÚ, possui poderes para feitiçarias, e são imunizados ao feitiço, mas não quer dizer que não pode levar uma balançada.
Quando esse ODÚ, dirigi o ori da pessoa, a mesma é misteriosa, vaidosa, quando lhe é conveniente é mão aberta, possui muito charme, além de ser muito inteligente, gosta dos prazeres, são prosas e convencidas, ambiciosas, perseverantes e complicadas no amor, pensam em grandes lucros. Quase sempre são impetuosas na maneira de agir e com isso, perdem grandes oportunidades, pois sempre haverá um inimigo oculto, tentando com grandes esforços derrotar as pessoas desse odu, porém elas conseguem vencedor as batalhas e em pouco tempo se reequilibram, obtendo lucros, realizando seus desejos.


Odu Obará (Orixá Oxossí ou Xangô)

Obará é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com seis conchas abertas pela natureza e dez fechadas. Nesta caída responde Oxosi, Xango. Significa que a pessoa é alegre, generosa, farta e tem o caminho de prosperidade, desde que procure sempre buscar a positividade deste Odu. Liderança e espiritualidade faz parte da sua vida.As pessoas que estão sob essa influência, quase sempre são vítimas de calúnia, problemas com justiça, rompimento com casos amorosos, perda de emprego ou de qualquer outra oportunidade boa, isto é, se ele se apresentar 3 vezes consecutivas, através de ebó, poderá a qualquer momento receber auxílio inesperado, portanto deverá pegar as oportunidades por melhor que se apresentem.
As pessoas regidas por esse ODÚ, possuem grandes idéias e passam boa parte de sua vida tentando realizá-las e dificilmente encontram meios de como começar, algumas vezes, ou na maioria fracassam por não pedirem ajuda, porém todo o sofrimento não é duradouro, e as pessoas acabam vencendo pela força de vontade, devido a possuírem espírito de luta e não se entregarem facilmente. São batalhadoras e possuem o privilégio de muita proteção espiritual e também dos outros odus, que se dobram a ÒBÁRÁ. Se, numa situação difícil, procurarem o auxílio de um amigo, serão prontamente atendidos.



Odu Ôdi (Orixá Exu ou Ogum)
Ôdi é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com sete conchas abertas pela natureza e nove fechadas. Nesta caída responde Exu, Ogum, Iansã. Significa perigo iminente. O Babalorixa tem que levanta-se do jogo e despachar a porta da casa com água sagrada. 

Apesar dos problemas inerentes a esta caída, o consulente tem caminhos para ser afortunado.




Odu Êjioníle (Orixá Oxalá ou Nanã)
Êjioníle é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com oito conchas abertas pela natureza e oito fechadas e o primeiro odu na ordem de chegada no sistema ifá. Nesta caída responde Oxalá, Nanã e Airá. Significa mudança no lado profissional, , amoroso e até mesmo de saúde, o consulente é extremamente teimoso e enjoa das coisas facilmente.
As pessoas portadoras deste odu são muito protegidas espiritualmente, pessoas beneficiadas por amizades, raciocínio claro, fala de pessoas impulsivas, voltadas para conquista de objetivos, desenvolvimento intelectual mediano, curiosas, enfraquecidas por imaginação excessiva, são diretos, quase não conhecem a sutileza.
É o odu mais velho do oráculo, com exceção de Ofum, de quem foi gerado. Sua cor é o branco podendo por vezes aceitar também o azul turqueza.
É o senhor do dia e de tudo que acontece durante ele, e também de tudo que é naturalmente branco. Controla as chuvas, os rios, os mares, as cabeças (humanas e dos animais).



Odu Ossá (Orixa Iansã ou Omulu)

Ossá é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com nove conchas abertas pela natureza e sete fechadas. Nesta caída responde Oya, Obaluaye, Oba. Significa carrego de santo ou cargo de santo, pessoa lutadora, autoritária, caprichosa que vive cercada de pessoas que fingem ser seus amigos. Deve cuidar de egun constantemente para que tenha prosperidade.

Odu Ôfun (Oxalá e Xangô)

Ôfun é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com dez conchas abertas pela natureza e seis fechadas. Nesta caída responde Oxalufan e Ayra. Significa problemas inerente a barriga, útero, trompas e ovários que leva quase sempre a cirurgia, se for homem deve ter cuidado com a próstata. Recomenda-se que o consulente em conjunto com o jogador do oráculo, levante-se de frente para porta e coloque as mãos na barriga e aponte em direção a saída. 





Odu Ôwarin (Orixá Iansã ou Exu)
ÔWarin é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com onze conchas abertas pela natureza e cinco fechadas. Nesta caída responde Iansã, Exu, Deve-se pedir cuidado com objetos cortantes e queimadura, recomendar que a bebida alcoólica pode trazer grandes prejuízos, e não esperar nada de "mão beijada", pois seu sucesso virá através do seu próprio esforço.

  Odu Êjilaxeborá (Orixá Xangô)

Êjilaxeborá é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com doze conchas abertas pela natureza e quatro fechadas. Nesta caída responde Xango e Ayra. 

O nome deste odu deve ser chamado de Êjilá para quem tem problema com a justiça. Esta caida pode representar equilíbrio total ou desgraça total para o consulente, deve ser recomendado imediatamente um ajebo ao Orixa Xango, para que sempre o equilíbrio esteja em seu caminho.


Odu Êjilobon (Orixá Obaluâe ou Nanã)

 Êjilobon é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com treze conchas abertas pela natureza 
e três fechadas. Nesta caída responde Nanan, Omolu, Obaluaye, Iku. 
Significa que a pessoa trabalha muito e ganha pouco, tudo que recebe acaba perdendo. Tem grandes dificuldades amorosas, trocando de parceiros varias vezes na vida e com tendência a solidão. Apesar de ter problemas nos ossos, artrite, artrose, coluna e dores no corpo tem longevidade.
Este é o verdadeiro odu de nana, o odu que pode ser considerado o odu da morte. ejilogbon (ejilobon)ou oye ku



Odu Iká (Orixá Ibeji ou Oxossí)


Iká é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com quatorze conchas abertas pela natureza e duas fechadas. Nesta caída responde Oxossí,Oxumare, Ibeji. Significa que esta pessoa apesar de todos os problemas em diversos setores da vida, sempre vai ter o sorriso nos lábios e alegria de viver. São bons amigos e adora reuniões para compartilhar momentos agradáveis. Tem pavor da morte, muito mais que os filhos de Xango.

Odu Obéogundá (Orixá Ogum ou Iansã)
Obéogundá, também chamado de Kalelogun é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com quinze conchas abertas pela natureza e uma fechadas. Nesta caída responde Ogum, Iansã e Obá. Significa mudança repentina com caminhos de perdas, possibilidades de ficar paralisado das pernas e problema na audição. Pessoa corajosa e audaz de caráter altivo.



Êjibé ou Alafia ( Orixá Orumillá ou Zambi)
Êjibé ou Alafia é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com dezesseis conchas abertas pela natureza. Nesta caída responde Orumilá. Imediatamente o olhador saúda o jogo dizendo Eleri Ipin. É esta caída que todo babalorixa, ialorixa e o povo do santo deseja e espera para os consulentes, pois representa luz, alegria, a verdade, a prosperidade, a saúde e longevidade. A única recomendação é que esta pessoa use uma peça de roupa branca nos dias de sexta feira.

Que Oxalá nos abençoe sempre

 Saravá .'.

domingo, 14 de julho de 2013

O OVO (EYIN) E SUA IMPORTÂNCIA DENTRO DO CULTO AOS ÒRÌSÀ

Existem vários ITAN dos Tratados de IFÁ relatando a grande importância do EYIN.
Um deles conta que OLÓDÙMARÈ estava para dar origem ao universo, tinha num pote de barro “4 ovos”.
Com o 1º ovo, deu origem a ÒÒSÀÀLÁ, ÒRÌSÀNLÁ ou OBÀTÁLÁ, surgindo na explosão da luz, sem forma, assim ÒÒSÀÀLÁ surgiu no mundo.

Com o 2º ovo, deu origem a ÒGÚN, a forma.

Com o 3º, deu origem a OBALÚWÀIYÉ, a estrutura.

O 4º ovo acidentalmente cai de suas mãos, estourando-se no chão e revelando sua riqueza.
Originou-se assim, a primeira Mãe ancestral chamada ÌYÁMI-ÒSÒRÓNGÁ, expondo o segredo de sua riqueza para o grande PAI, ou seja, mostrando seu poder de fertilidade sobrenatural, exposto a olho nu, diante do Deus Supremo, nascendo assim a fonte mantenedora da vida.

O Ovo possui três diferentes cores, associado às cores principais e primordiais do universo:
- o ovo de casca azul, representando a cor preta DÚDÚ relacionada com a escuridão (a falta de luz nas profundezas da terra e dos mares).

- O ovo de casca branca, relacionada a explosão da luz.

- O ovo de casca vermelha, relacionada ao ÀSE = fogo mantenedor da fertilidade totalmente relacionado ao poder astral.
Seu conteúdo possui diversas características e a maioria das vezes, é branco, frágil e oval; dele nasce um novo ser associado à idéia de que o universo surgiu primordialmente dele próprio, na forma de um protótipo do mundo, como um filho de asas negras = ÌYÁMI-ÒSÒRÓNGÁ,
que foi cortejada pelo FUN FUN (branco) = ÒÒSÀÀLÁ, ÒRÌSÀNLÁ ou OBÀTÁLÁ.
O ovo é uma célula reprodutora feminina dos animais, chamada macro-gameta ou seja, rudimento de um novo ser organizado e primeiro produto do encontro dos dois sexos, pelos quais desenvolve a possibilidade de existência do feto.
Origem e princípio, uma imagem viva do grande mundo (O Universo), em oposição ao microcosmo (o homem).

O Ovo é resultante da composição e fecundação de óvulos, possuindo 4 partes:
A 1ª parte é a casca, que representa o útero (invólucro mítico).
A 2ª parte é a membrana interna, que representa a bolsa, placenta uterina (parede defensora).
A 3ª parte é a clara, matéria viscosa e esbranquiçada, do grupo das proteínas que representa o útero.
A 4ª parte é a gema amarela, parte intima central e globular, suscetível de reproduzir, a qual representa o feto, um novo ser esta sendo gerado, preparado para nascer e atuar no que for necessário.

O mito do ovo está presente em todas as culturas antigas, entre elas a Africana, Fenícia, Chinesa, Eslava, Polinésia, Hindu, Hebraica e demais.
A força germinal contida no ovo, esta associada à energia vital com grande desenvolvimento através de ÈSÙ, motivo pelo qual, tanto o ovo, quanto ÈSÙ desempenham uma função importantíssima no CULTO aos ÒRÌSÁ, principalmente no culto de ÌYÁMI-ÒSÒRÓNGÁ, ÒSUN, YEWÀ, OYA, OBALÚWÀIYÉ.
Confirmando uma total conexão com a fertilidade, magias para o amor, purificando e quebrando forças maléficas.
A gema, sangue germinal unida à clara vamos ter nutrientes e hidratação, transformados num único ser vivo individual no interior do ovo; plagiando o mesmo processo no interior do útero, que indiscutivelmente é o mesmo processo que acontece nos nossos rituais, a mesma idéia de união do casal universal OBÀTÁLÁ e YEMOWO.
Mas no contexto do ovo acontece mais rapidamente, não existindo nenhum tipo de vínculo biológico entre a mãe e o filho, ou seja, não existe cordão umbilical.

Isto explica o poder contido no ovo por si só, o qual foi um elemento criado diretamente pelo todo poderoso OLÓDÙMARÈ, que colocou primeiramente o Ovo no mundo, logo depois surgindo dele a vida, ou seja, a ave.

Por isso, o ovo é um elemento originado diretamente pelo Criador, o símbolo mais importante que representa o poder de ÌYÁMI-ÒSÒRÓNGÁ, Mãe Ancestral, que necessita intrinsecamente do poder masculino de ÒÒSÀÀLÁ, ÒRÌSÀNLÁ ou OBÀTÁLÁ, o qual faz do ovo um elemento de muito ÀSE (poder realizador).

O ovo é utilizado amplamente em vários rituais dos nossos preceitos, que depois de encantados com os OFÒ, ORÍKÌ ou GBÀDÚRÁ; tem a finalidade de neutralizar o mal, as energias negativas e purificar o ORÍ dos OMO ÒRÌSÀ KON.
Sendo um elemento de manipulação, atua como agente de purificação nos EBO entes da INICIAÇÃO dos OMO ÒRÌSÀ KON; melhora assim o ORÍ que ira receber as oferendas do EBORÍ; para que o nosso ÒRÌSÀ ORÍ que é a central de ligação entre o nosso corpo com o nosso ÒRÌSÀ ÈLÉÈDÁ esteja em perfeita harmonia; é o caminho para podermos superar os obstáculos em nossa vida, para que esta possa estar em harmonia e energeticamente positiva.

O ovo também é utilizado com a finalidade de se obter fertilidade, atrair dinheiro, produtividade nos negócios e serenidade em certas situações.

O ovo cozido é utilizado inteiro sobre os EBO ( oferendas) para os ÒRÌSÀ.

Quando cozido e esfarinhado e misturado ao EKURU também esfarinhado, é espalhado sobre o solo da casa dos ÒRÌSÀ, tendo a finalidade de agradar as ÁJÈ ( feiticeiras astrais), neutralizando as energias negativas, quando é invocado neste ritual.
As ÁJÈ, sob o domínio de ÌYÁMI-ÒSÒRÓNGÁ, ÈSÚ e OBALÚWÀIYÉ, propiciarão abundancia e prosperidade para a Casa Templo.
O ovo cru quando utilizado inteiro em oferendas, tem a função de tranqüilizar e acalmar.
Por isso é comum vermos muitos ovos crus colocados nos pés de certos OJÙBÓ (assentamentos dos ÒRÌSÀ).
A finalidade será de atrair abundância e proteção, fazendo com que todos os ÒRÌSÀ compreendam perfeitamente que o EBO é uma suplica, e, dependendo da força energética e essência de cada ÒRÌSÀ, esta não só atuará no tocante a fertilidade mais também proporcionara dinheiro, sorte, saúde e desenvolvimento na vida.

Já quando quebrados diretamente na cabeça, têm a função poderosa de purificar e livrar até 80% de qualquer tipo de feitiço ou qualquer outro tipo de negatividade que esteja sobre o Orí de uma pessoa.

Quando em um EBO, ovos crus são atirados no chão ou quebrados em cima do corpo de uma pessoa, que vulgarmente este ato é chamado de descarrego; terá a finalidade fazer uma modificação nos caminhos desta, tirando as dificuldades da vida da pessoa ou qualquer força energética negativa.

Ao ser quebrado, ele revela sua riqueza e seu poder; pois no exato momento que é quebrado, o ovo não terá mais a possibilidade de germinar, ou seja, nascer algo dele, em uma substituição ou troca, que acabará com o problema que aflige a pessoa, possibilitando o fim uma situação negativa.

Por este motivo é que o ovo cru deve ser quebrado, principalmente no ORÍ dos OMO ÒRÌSÀ KON, em uma preparação do ORÍ, que logo depois irá receber os outros elementos que fazem parte para a veiculação e transmissão do poder do Àse.
Começando primeiramente pelo ÈJÈ DÚDÚ o ÀGBO, em seguida o ÈJÈ PUPA das aves ou quadrúpedes, e, finalmente o ÈJÈ FUNFUN do ÌGBÍN, colocado por cima de tudo; purificando e possibilitando a existência e a veiculação e transmissão do ÀSE.
Com a união dos três sangues primordiais, após ter sido purificada com o ovo cru, possibilita assim a pessoa a obter sorte, dinheiro, felicidade, prosperidade, saúde, tranqüilidade e paz.

Quando um ovo é quebrado em qualquer ritual, o nome das ÌYÁMI-ÒSÒRÓNGÁ é respeitosamente citado e reverenciado, porque, qualquer que seja o ovo, este lhe pertencerá, como relata vários ITAN dos Tratados de IFÁ – Corpo Literário de IFÁ

Quebrar um ovo na rua atirando ao chão pela manhã, por três ou sete dias consecutivos, chamando por ELÉGÁRA e ÌYÁMI-ÒSÒRÓNGÁ, e espargindo dendê por cima do ovo, é um simples e poderoso ritual do Culto a ÌYÁMI-ÒSÒRÓNGÁ; com a finalidade de afastar qualquer tipo de dificuldade ou prejuízo, acalmando qualquer energia desfavorável no caminho de uma pessoa.

O OVO DE PATA-PÉPÉYE

O “Ovo de pata” é o símbolo da vida e umas das proibições de Ikú.

A utilização do ovo de pata cru é essencial em certos rituais, tendo como finalidade quebrar as forças da morte, das doenças e das perdas.

Quando cozido e esfarinhado, é utilizado como agente purificador, quando é passado pelo corpo de uma pessoa em EBO de EGÚNGÚN ou ONÍLÈ.
Com casca e seco ao sol, transformado em pó, é utilizado no IGBÁ-Orí e assentamentos de ÒRÌSÀ que tenham relação com Ikú.
“Ovo de pata cru:” enfraquece a força da morte, doenças graves e perdas.
Assim, o ovo de pata pode ser utilizado nos EBO IKÚ, tirando qualquer tipo de morte, seja material, espiritual, financeira ou sentimental.

OVO DE GALINHA – ABO ADIE

Ovo de galinha cru: purifica e tranqüiliza.
Ovo de galinha cozido: tira doenças.
Ovo de galinha esfarinhado: neutraliza negatividade do ambiente, atrai prosperidade e abundância.

OVO DE CODORNA
Ovo de codorna: Neutraliza feitiços.

OVO DE GALINHA D’ ANGOLA- ETÙ
Ovo de D’ Angola: traz dinheiro, sorte, prosperidade, riqueza e sucesso nos negócios.

OVO DE POMBA-EYELÉ
Ovo de pomba: traz tranqüilidade e fertilidade.

COMO IDENTIFICAR UM KIUMBA INCORPORADO?

O que infelizmente observamos na mediunidade de muitos é a abertura para a atuação dos verdadeiros kiumbas, se fazendo passar por Exus, Pombas Gira ou mesmo Guias Espirituais, trazendo desgraças na vida do médium e de todos que dele se acercam. Notem bem, que um quiumba, ser trevoso e inteligente, somente atuará na vida de alguém, se esta pessoa for concomitante com ele, em seus atos e em sua vida. Os afins se atraem. O médium disciplinado, doutrinado e evangelizado, jamais será repasto vivo dessas entidades. Lembre-se que o astral superior é sabedor e permite esse tipo de atuação e vibração para que o médium acorde e reavalie seus erros, voltado à linha justa de seu equilíbrio e iniciação.

Por isso vemos, infelizmente, em muitos médiuns, esses irmãos do baixo astral incorporados, mas é fácil identificá-los. Vamos lá:

· Pelo modo de se portarem: são levianos, indecorosos, jocosos, pedantes, ignorantes, maledicentes, fofoqueiros e sem classe nenhuma;

· Quando incorporados: machões, deformados, manquitolas, carrancudos, sem educação, com esgares horrorosos e geralmente olhos esbugalhados.

Muitos se portam com total falta de higiene, babando, rosnando, se arrastando pelo chão, comendo carnes cruas, pimentas, ingerindo grandes quantidades de bebidas alcoólicas, fumando feito um desesperado, ameaçando a tudo e a todos. Geralmente (homens) ficam com o peito desnudo (isso quando não tiram à roupa toda); alguns utilizam imensos garfos pretos nas mãos, e mulheres totalmente desnudas.

· Nesses ambientes, as consultas são exclusivamente efetuadas para casos amorosos, políticos, empregatícios, malandragem, castigar o vizinho, algum familiar, um ex-amigo, o patrão, etc. Os atendimentos são preferenciais, dando uma grande atenção aos marginais, traficantes, sonegadores, estelionatários, odiosos, invejosos, pedantes, malandros, alcoólatras, drogados, etc., sempre incentivando, e dando guarida a tais indivíduos, procedendo a “fechamento de corpos”, distribuindo “patuás e guias” a fim de protegê-los. Com certeza, neste ambiente estará um kiumba como mentor.

· Certamente será um kiumba, quando este pedir o nome de algum desafeto para formular alguma feitiçaria para derrubá-lo.

· Os kiumbas costumam convencer as pessoas de que são portadoras de demandas, magias negras, feitiçarias, olhos gordos, invejas, etc. inexistentes, sempre dando nome aos bois, ou seja, identificando o feitor da magia negra, geralmente um inocente, para que a pessoa fique com raiva ou ódio, e faça um contra feitiço, a fim de pretender atingir o inocente para derrubá-lo. Agindo assim, matam dois coelhos com uma cajadada só: afundam ainda mais o consulente incauto que irá criar uma condição de antipatia pelo pretenso feitor da magia, e pelo inocente que pretendem prejudicar.

· Os kiumbas fazem de um tudo para acabar com um casamento, um namoro, uma família, incitando as fofocas, desuniões e magias negras.

sábado, 11 de maio de 2013

A história de Pai Joaquim de Cambinda


Era o final do século XVII, costa oeste da África, em uma aldeia de Cambinda. Com apenas 5 anos de idade, Pai Joaquim assistiu a aldeia ser invadida pelos escravagistas, que mataram sem piedade todos aqueles que não 'seviam' para o comércio. 
Juntamente com seus pais foi colocado com outros negros no porão de um navio, rumo ao Brasil.
Devido às péssimas condições deste porão, a falta de comida e água potável, muitos desencarnaram na viagem, entre eles, os pais de Pai Joaquim , que foram jogados ao mar, assim como todos aqueles que 'morriam' durante o trajeto.

Chegando ao Brasil, litoral da Bahia, Pai Joaquim foi vendido e levado a uma fazenda de cacau. Além de cacau, plantavam também café e cana de açúcar. Lá chegando, recebeu o nome de Joaquim, mas era chamado mesmo de 'neguinho'.

Embora muito criança ainda, trabalhava juntamente com os outros negros na lavoura, o dia inteiro. Não havia tempo nem vontade para brincadeiras. À noite, cansado da lida, deitava na senzala e deixava o pranto aliviar a saudade que sentia de sua aldeia, seus pais, seus amigos da África. O sono chegava e antes do sol surgir, já estava de pé para mais um dia como todos os outros.

Ainda em Cambinda, seu pai era o curandeiro da aldeia e desde cedo passou a ele o conhecimento que podia absorver sobre as ervas e seu poder de cura. 

Na fazenda, continuou aprendendo com uma negra já velha, que usava as ervas para tratar os escravos.
Intuído por seus guias espirituais, com quem já tinha contato, seguiu pesquisando e descobrindo novas ervas e raízes e como utilizá-las para a saúde de todos.

Quando tinha já 12 anos, a filha mais nova do Sinhô adoeceu gravemente e não havia tempo para buscar um médico. Os brancos já tinham conhecimento de seu poder com as ervas e, embora relutantes, entregaram a Sinhazinha aos seus cuidados. Com o auxílio de seus amigos espirituais, Pai Joaquim restabeleceu a saúde da moça e ganhou a confiança do patrão, sendo sempre requisitado a partir de então, a cuidar da saúde da familia da Casa Grande.

Cresceu e tornou-se um negro forte e saudável, sendo escolhido então para ser um dos negros reprodutores da senzala, ajudando o Sinhô a aumentar seu contingente de escravos. 
Como 'médico' e reprodutor, adquiriu alguns privilégios, como sair da senzala e morar em uma cabana, só para si. Porém, não tinha o direito de ter uma companheira.

MªRedonda (desenho feito pela Débora, 
filha do Cavalho de Pai Joaquim)
Apaixonou-se por uma escrava de dentro, ama de leite dos filhos da Sinhá e que todos os dias ia ao ribeirão lavar a roupa. Era lá que se encontravam às escondidas, até que alguém os denunciou.
A partir de então, ela foi proibida de sair da Casa Grande e, com 28 anos, desencarna por pneumonia. Hoje, ela trabalha em nossa casa, na Falange dos Pretos Velhos, com o nome de Maria Redonda.

Quando já estava com quase 40 anos, Pai Joaquim adotou e criou como filha, uma mulatinha, filha de uma escrava com o Sinhô, que passou a morar com ele e para quem ensinou tudo que sabia sobre as ervas.
Hoje, espírito, se chama Nina e auxilia Pai Joaquim na adminsitração desta casa, intuindo a esposa de seu 'cavalo'.

Pai Joaquim era também o guia espiritual dos escravos, orientando-os sobre as verdades do espírito e passando a eles o conhecimento que recebia de seus guias.
Desencarnou naturalmente, aos 74 anos de idade, e finalmente pôde reencontrar sua companheira, com quem vive até os dias de hoje.


Quando a Umbanda surgiu, no Brasil, Pai Joaquim (após cerca de 30 anos de estudo e preparação), engajou-se à Linha dos Pretos Velhos.
E hoje, ao contar mais uma vez a sua história, revelou que seu 'cavalo' hoje, foi o seu Sinhô, da época da escravidão.

- Ontem eu o servi, hoje ele me serve! - disse ele, finalizando a história.

Saravá, Pai Joaquim de Cambinda!

Saravá a todos os Pretos Velhos!



Fonte: http://casapaijoaquimdecambinda.blogspot.com.br/p/historia-de-pai-joaquim-de-cambinda.html

LENDAS DOS ORIXÁS

Lenda de Oxaguian:

Oxaguian (forma Jovem de Oxalá), filho de Oxalufã, valente e guerreiro, desejava ter um reino a qualquer custo.
Dois reinos vizinhos estavam em guerras, e seus habitantes consultaram os babalaôs sobre o que fazer para conseguir que a paz voltasse a reinar entre os povos.

um dos sacerdotes lhes respondeu que eles deveriam oferecer a Oxaguian, O Orixa da paz que vestia-se de branco como uma pomba, a comida que ele mais apreciava: inhame pilado - conta-se, inclusive, que foi Oxaguian (que significa`comedor de inhame pilado`) quem inventou o pilão, para poder prepará-la. e assim os moradores agiram, após as oferendas terem sido entregues, a paz voltou a reinar entre os dois povos.

Oxaguian, então, tornou-se por todos conhecido, e conseguiu seu reino. ainda hoje são oferecidas grandiosas festas a este Orixá, visando fartura durante o ano todo.


Suas Ervas:

Alecrim de caboclo; alecrim de tabuleiro; alecrim do campo; angélica; araçá; barba de velho; baunilha verdadeira; calistemo; fênico; camélia; camomila marcela; carnaúba; cinco folhas; cipócravos; colonia; cravos da índia; erva de bicho; espirradeira; estoraque brasileiro; eucalipto cidra; eucalipto murta; fava de tonca; fava pichurin; folha da fortuna; funho; girassol; golfo de flor branca; guaco cheiroso; hortelã da horta; jasmim do campo; laranjeira; lírio do brejo; malva cheirosa; malva do campo; mamona; manjericão miúdos; manjerona; mastruço; mil em rama; narciso dos jardins; noz de cola; noz moscada; patchuli; poejo; rosa branca; saião; sálvia; sangue de Cristo; umbu. 


===================================================

Ogum:
Este Poderoso Orixá é irmão de Oxossi e de Exu, e conhecido como vencedor de todas as demandas, o Deus Guerreiro das frentes de batalha, vencedor de todas as guerras.
De natureza guerreira, segundo a lenda, Ogum deixou a casa de seu pai Oxalá muito moço para aventurar-se nos campos de batalha,
sentia-se profundamente atraído pelas guerras de seu envolvimento nas grandes batalhas nasceu o Amor, e do amor o Casamento, Ogum casou-se com Iansã a Deusa guerreira.

Não podia ser diferente para ambos a guerra era uma meta, mais desta vez o amor havia dominado suas vidas e este amor foi tão intenso, tão sublime que Ogum passou a habitar a terra entre os homens acredita-se que quando Olorum criou o mundo, deixou tudo como herança para o homem. este não sabia o que fazer com tudo aquilo diante de si, foi então que surgiu Ogum foi ele quem ensinou o homem a fazer ferramentas agrícolas para cuidar da terra em uma época em que o homem estava indefeso diante das feras selvagens.

Ogum ensinou entre outras coisas como fazer armas de guerras devendo se a ele o conhecimento da forja (confecção de instrumentos de metal) para os povos primitivos os utensílios agrícolas tinham igual ou mais valor que armas de guerra.
por tudo isso Ogum consagrou-se como o Orixá da agricultura, da guerra sendo ele o primeiro a confeccionar objetos o mais antigo dos artistas tornou-se o protetor dos artistas plástico.

A mesma mitologia também fala de Gunocô, uma espécie de criado de Ogum, encarregado de guarda no meio das matas as suas armas e ferramentas agricolas.
No Sincretismo Religioso Ogum e representado como São Jorge.
no entanto a uma variação de origem angolana que o sincretiza como Santo Antônio, mais vale lembrar que dentro do ritual são vários os tipos de Ogum vou citar alguns nomes.
Ogum Já, Ogum Vari, Ogum Omenê, Ogum Xoroque, Ogum Megê, Ogum Cariri, Ogum Tambocê, Ogum Jambam Buru, Ogum Icoce, Ogum Cacumbe, Ogum Rose Mucumbe, Ogum Xubará, e outros. 
Seja qual for ele é o Senhor poderoso em que sempre podemos cofiar nos momentos mais difíceis.
Ogunhê pata cori Gesso Gessi. SALVE OGUM.


===================================================

Oxossi:
É o Orixa Protetor das matas e das caças.Oxossi dança levando Ofá(arco e flecha), chapéu de couro ou adê com penas.Carrega capanga (bolsa de Couro onde guarda a caça).em seu ritual suas cores são Azul Claro e o verde. no sincretismo religioso, Oxossi é representado por São jorge e São Sebastião.
Em rituias do Candomble, como Angola, Congo e Caboclo, Oxossi, é conhecido pelos seguintes Nomes:
Mutalombo, Tauamin, Mutacalombo, Cobogira.

Uma Lenda:

Segundo a mitologia, Oxossi não nasceu Orixa. seu antigo nome era Odé, e era casado com Oxum.
Odé foi caçar no dia de Ifá era um importante Orixa, que proibia a todos de caçar em seu dia.

Odé não obedece os pedidos de Oxum(sua esposa) e vai para a mata caçar; depois de muito andar encontra uma grande cobra que era Oxumarê.
A cobra canta para Odé:

`Eu não sou bicho de pena para Odé matar`.
Sem atender, Odé a mata, e a corta em pedaços, colocando-a em sua capanga. ainda assim a cobra continua a catar.
Ao chegar em casa Odé prepara a cobra e a come, enquanto Oxum foge.
Ao voltar no dia seguinte Oxum encontra o marido morto, vendo no chão o rastro de cobra voltando para a mata.
Oxum desespera-se e vai chamar Ifá, que por sua Vez considera o fato e faz desaparecer o corpo de Odé.
Após decorridos sete anos Odé surge como Orixa, possuindo o nome de Oxossi.

===================================================

Oxum: 

É reconhecidamente a Deusa mais vaidosa do Candomble. dança sempre repleta de rendas finas, anéis, pulseiras, colares, brincos e uma coroa(Adê).Além de ser a Orixa da riqueza e da vaidade, Oxum e a Deusa dos riachos, cachoeiras; é a divindade do Rio Oxum, localizado na Àfrica. È considerada a dividade mais nova da àguas.

Suas cores rituais são o amarelo, dourado e azul claro.

Oxum carrega nas mãos o leque de metal dourado(abebê), arco e flecha(Obé, Ofá).

O arco e flecha que Oxum carrega se deve ao fato de ela ter sido esposa de Oxossi, que é o Orixa da caça. como este a maltratava muito, ela decide morar com Xangô, de quem se tornou a predileta, haja visto que Obá, a primeira esposa de Xangô, encontrava-se velha demais e sem condições de satisfazer o marido.
Podemos encontrar vários tipos de Oxum, tais como:

Oxum Aponda; Oxum ljimim; Oxum Yeyê Okê; Oxum Apará; Oxum Abalô; Aziri ou Tobossi; Miwá.

===================================================

Logun Edé:
Unico Orixa Adolescente Logun edé herdou força e beleza do seu Pai Oxossi, rei e caçador e da sua Mãe, a sedutora Oxum. Logun edé durante seis meses por ano vive na floresta mostra ser um caçador tão habil quanto seu Pai Oxossi, e se alimenta dos animais que abate, nos outros seis meses
logun assume forma feminina e vive nas Águas doces, como sua Mãe Oxum, alimentando-se de peixes dotado de grande beleza elegancia e poder de sedução, esse Orixá adolescente e Bissexual esta associado a fartura na caça e na pesca, e por extensão a riqueza e a fartura em todas as esferas da atividade humana.

Os filhos e filhas de Logun Edé se caracterizam pela elegância, pela beleza e pelo poder de sedução tambem costumam ser vaidosos ciumentos e de Gênio imprevisivel.

Essas ocilações de temperamento, refletem os traços contraditorios dos pais de Logun edé assim os filhos e as filhas deste Orixa, Adolecente pode ser solidarios individualistas e altivos como Oxossi ou comunicativo e sociaves como Oxum em geral alcançam o sucesso pois contam com a proteção dessas três divindades todas três associadas a fartura e a riquesa. 

===================================================

Yemanja:É um ícone muito importante para o povo Nagô. Ela é para eles representada como uma linda mulher que aparece com os seios descobertos, simbolizando a maternidade espiritual. No culto afro-brasileiro é uma das mais lendárias entidades.
O mito da água de maior aceitação é Yemanja, cultuada com grandes festas públicas, em especial nas cidades do Rio de Janeiro, Salvador, Aracaju e Porto Alegre.
Há varias anos o ritual se repete nas praias do Rio de Janeiro. Milhares de pessoas se reúnem para homenagear a rainha do mar. Na festa do ano que se inicia, os fiéis levam oferendas a deusa em troca de terem seus pedidos atendidos.
Pó de arroz, flores, jóias, perfumes, manjar, mel... tudo é valido para agrada a rainha que enche de graça os filhos seus não há dúvidas de que esta é a maior festa oferecida a Yemanja, embora na Umbanda o dia consagrado em homenagem a ela seja, no Rio de Janeiro, oito de Dezembro e, na Bahia, dois de Fevereiro.
Nas comemorações de Yemanja se ofertam nas ondas do mar pequenos barcos enfeitados com fitas nas cores azul e branca, junto com flores brancas, águas de cheiro, pó de arroz, pente e espelho.
Os devotos deve colocar os presentes na sétima onda do mar quando Yemanja aceita e recebe a oferenda nas regiões de beira-mar, os atabaques de angola louvam e invocam Yemanja, a Rainha do mar.
Nos Candomblés Yemanja aparece vestida com suas cores rituais, que são o azul, rosa e branco. Leva na mão o abebê (leque de metal prateado), e o obé. Na cabeça, tem um adê de franjas de contas cobrindo-lhe o rosto. as contas brancas e transparentes formam sua guia (colar). As pulseiras são de alumínio ou qualquer outro metal branco.
No sincretismo religioso, temos Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora do Carmo, todas elas personificando a mãe d’agua.
Como curiosidade, verifica-se que Yemanja e lembrada e cultuada a todo momento na Bahia, cujo mar lhe pertence.

===================================================

Obaluaê:
O Deus da cura. Rei dos espíritos do mundo material, Obaluaê detém os mistérios da Saúde e da doença, da morte e do renascimento seu nome significa “Rei dos Espíritos do Mundo Material”. 
Clara Referencia do poder desse Orixá – Obaluaê é o Deus do mistério, inspira medo e respeito ele esconde seu rosto sobre um vestimento de Palha-da-costa material ligado aos ritos da morte e do sobrenatural.
Sobe a palha – Obaluaê se isola e oculta os segredos da morte e do renascimento da doença e cura.

Ele pode desencadear a varíola e outras epidemias mais também é o Deus da cura carinhosamente chamado de “médico dos pobres”.
===================================================

Nana, da terra e da água:
Nana é a mais velha das esposas de Oxalá, Nana é a deusa dos Pântanos e da lama, a mistura de água e terra de onde se originou a vida.
Deusa da felicidade, da vida e da morte.
Ela é chamada carinhosamente de “Vovó”, numa referência á sua ternura com as crianças e á sua antiguidade. De fato, em algumas historias do Daomé, sua terra natal, Nanã (ou Nanamburucu) aparece como criadora do mundo, no nível de Oxalá ou mesmo de Olorum, o céu.
No candomblé, Nanã é esposa de Oxalá.
Seu suporte é a lama, a mistura de água e de terra de onde surgiu a vida.
Esta ligada a riqueza, a fertilidade – e também á morte e ao renascimento, pois a terra alimenta os homens e depois os recolhe no seu seio.

===================================================

Exu:
Dinâmico como a própria vida. Associado a sexualidade Exu é o mensageiro que liga o mundo dos homens, a dimensão dos Orixás Exu o primeiro dos filhos de Oxalá irreverente Exu representa a energia dinâmica de cada ser vivo, associada a sexualidade e a multiplicação, ele é também o mensageiro dos
Deuses, O Senhor dos caminhos e das oferendas, uma historia do candomblé.

Conta que certa vez Exu devorou tudo que existia no mundo e depois restituiu tudo multiplicado.
E por isso que ele é o primeiro a receber oferenda:
Para que as leve aos Orixás e depois as devolva ao mundo dos homens, multiplicadas, sobe a forma do axé, ou seja, da energia vital do dinamismo e da expansão..