sexta-feira, 22 de junho de 2012

Lendas de ODÉ e OTIM



ODÉ ORIXÁ

ODÉ conhecido caçador de uma flecha só, após ter livrado a cidade de IFÉ de uma grande maldição. Tornou-se rico e foi posteriormente REI DE KETO. Deus da caça, protetor dos caçadores.
No Rio Grande do SUL se cultua OTIM como energia negativa, ou seja, feminina, ela participa em conjunto em toda a obrigação de ODÉ. Não se sacrifica para um sem dar para o outro, os animais são os mesmos, mudando apenas o sexo.
No Nagô, estes dois Orixás são cultuados juntos. São os protetores das matas e dos animais silvestres e selvagens Rei da caça, Senhor das veredas, sua história e culto são dos mais ricos. Sua dança é o Aguerê e é também considerado com Ashéshé: a origem das origens, dos descendentes.
Rege as árvores, a fauna e a flora. Segundo algumas lendas, ODÉ é o filho de IEMANJÁ com OXALÁ e irmão mais novo de OGUN.
Ele não é o Deus da floresta, como muitos pensam, ele é o rei da caça.
Está associado com a vida ao ar livre e com os elementos da natureza. Como bom caçador, é solitário e individualista. Mas não dispensa o contato com pessoas no convívio social. E nunca vive sem um grande amor.
ODÉ foi descoberto por OGUN .
historia do mundo deveria mudar, porque sempre dizem que Adão e Eva foram os primeiros, mas não é verdade OGUM foi o primeiro Oni (seu nome vem de único) primeiro enfim, a mãe de ODÉ chama-se IYÁ ODÉ APÁÒKA. seu culto é mais conservado nas nações de Batuque no Sul do país.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE ODÉ

Os filhos de ODÉ são reservados para si próprios e gostam da solidão.
São quietos, fechados e considerados de difícil convivência, são responsáveis e quando assumem responsabilidade procuram sempre cumprir.
São dedicados a casa e a família.
Liberdade, companheirismo, sensibilidade, aventurismo, inverso: irresponsabilidade, vingança. Dotado de um instinto curioso, observador, e de grande penetração.
Possui um temperamento introvertido, discreto, sensibilidade avançada.
Exerce fascínio tanto nas mulheres como sobre certos homens. No social, são amáveis, educados, calmos e muito estimados. É um dos mais atraentes dos tipos masculinos, esbelto, ágil, fino, nervoso no seu comportamento, romântico e carinhosos; mas é volúvel e estável. São místicos e muito intuitivos. Seu lado emocional aflora com muita facilidade, pois torna-se carismático e carinhoso. Gosta de roupas práticas e gosta muito de ajudar os outros, mas detesta quem invade sua intimidade. Adora dormir e é um pouco preguiçoso. Larga tudo por amor. Os filhos de ODÉ são francos, amáveis e rancorosos.


OTIM ORIXÁ

OTIM, usa capanga e lança. Sempre representada com o jarro de água na cabeça, pois alem de ser guerreira também cuida das plantações.
Orixá da caça, companheira de ODÉ.
ORIXÁ feminino que se alimenta de todo tipo de caça, porém seu alimento preferido é a carne de porco.
As filhas e filhos de OTIM são aqueles cujo metabolismo básico e características de personalidade herdadas geneticamente mais se identificam com uma matriz, a própria OTIM, que se manifesta em ambientes como florestas cerradas, parques onde animais são preservados, do contato do homem.
Dois Orixás iorubas que não apreciam contato com muita gente é: o mago OSSAIM, o solitário senhor das folhas, e OTIM a caçadora. Possui em comum o gosto pelo individualismo e o ambiente que habitam; a floresta virgem, as terras verdes não cultivadas.
A floresta é a terra do perigo, o mundo desconhecido além do limite estabelecido pela civilização iorubana, é o que está além do fim da aldeia. Os caminhos não são traçados pelas cabanas, mas sim pelas árvores, o mato invade as trilhas não utilizadas, os animais estão soltos e podem atacar livremente. É o território do medo.
OTIM é o ORIXÁ feminino responsável pela fundamental atividade da caça. É tradicionalmente associado à lua e, por conseguinte, à noite, as Iyá mi Ajés e os pássaros da noite, pois a noite é o melhor momento para a caça.
ODÉ , OTIN e OSSAIM têm na floresta o próprio fim, nela se escondem. O primeiro para capturar os animais, o segundo para poder estudar sozinho e recolher as folhas sagradas.
OTIM mora nas águas com IEMANJÁERINLE e OXUM e na floresta com os irmãos OSSAIM, OGUM ODÉ, no cultivo com ORIXÁ OKO.
OTIM e OSSAIM representam as formas mais arcaicas de sobrevivência, a apologia da caça em detrimento da agricultura, a apologia da magia e do ocultismo em detrimento da ciência.
No Candomblé, a cor verde é consagrada a OSSAIM por sua proximidade com as folhas, ficando o azul para OTIM, um azul pouco mais vivo e claro.
Outro dado que identifica e aproxima OTIM de OGUM, é o fato de ambos representarem atividades e possuírem temperamentos próprios de uma mesma faixa etária, a juventude (mas não a adolescência, pois são mitos adultos, viris), onde a energia se expressa fisicamente.
OTIM é um ORIXÁ que vive ao ar livre e está sempre longe de um lar organizado e estável. Seu combate cotidiano, entretanto, está nas matas, caçando os animais que vão garantir a alimentação da tribo, sendo por isso consagrado como protetor dos caçadores e eterno provedor da subsistência.
Protege tanto o que mata o animal como o próprio animal, já que é um fim nobre a morte de um ser para servir de alimento para outro. Protege o caçador e a caça, pois são seres do mesmo espaço, a floresta.
Por isso OTIM nunca aprova a matança pura e simples, para ela a morte dos animais deve garantir a comida para os humanos ou os rituais para os deuses, sendo símbolo de resistência à caça predatória.
O conceito de liberdade e independência para OTIM é muito claro. Sua responsabilidade principal com relação ao mundo é garantir a vida dos animais para que possam ser caçados.
Em alguns cultos, também se atribui à ela o poder sobre as colheitas, já que agricultura foi introduzida historicamente depois da caça como meio de subsistência.
ORIXÁ tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos, embora muitos dados a ODÉ.
Seus símbolos são ligados à caça: no Candomblé, possui um ou dois chifres de búfalo dependurados na cintura. Na mão, usa o eruquerê (eiru), que são pelos de rabo de boi presos numa bainha de couro enfeitada com búzios, um ofá arco e flecha, uma lança.
O mito da caçadora identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados, num sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros.
Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de OTIN o identifiquem não com uma negra, como manda a tradição, mas com uma Índia. Seu objeto básico é o arco e a flecha, o ofá. e o odématá.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OTÍN

Os filhos de OTIM são quase inexistentes, pois na Mitologia, OTIM não teve filhos na terra, dando assim as cabeças dos filhos para ODÉ.
O filho de OTIM apresenta arquetipicamente as características atribuídas do Orixá. Representa a marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo.
OTIM desconhece a agricultura, não muda o solo para ele plantar, apenas recolhe o que pode ser imediatamente consumido, a caça.
No tipo psicológico a ela identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para embrenhar-se na mata, a fim de caçar. Seus filhos, portanto são aqueles em que a vida apresenta forte necessidade de independência e de rompimento de laços. Nada pior do que um ruído para afastar a caça, alertar os animais da proximidade da caçadora. Assim os filhos de OTIM trazem em seu inconsciente o gosto pelo ficar calado, a necessidade do silêncio e desenvolver as observações tão importantes para seu ORIXÁ.
Geralmente é associado às pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Tem, portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir. Sua luta é baseada na necessidade de sobrevivência e não no desejo de expansão e conquista.
Busca a alimentação, o que pode ser entendido como sua luta do dia-a-dia. Esse Orixá é o guia dos que não sonham muito, mas sua violência é canalizada e represada para o movimento certo no momento exato. É basicamente reservada, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo muito discreta quanto ao seu próprio humor e disposição.
Os filhos de OTIM, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros, respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo, é marcado por um forte sentido de dever e uma grande noção de responsabilidade.
São pessoas tipicamente extrovertidas, gostando de viverem sozinhos, preferindo receber grupos limitados de amigos. É, portanto, os tipos coerentes com as pessoas que lidam bem com a realidade material, sonham poucos, têm os pés ligados a terra.


LENDAS DE ODÉ
CAÇADOR DE UMA FLECHA

A cada ano, após a colheita, o rei de Ijexá saudava a abundância de alimentos com uma festa, oferecendo a população inhame, milho e côco. O rei comemorava com sua família e seus súditos; só as feiticeiras não eram convidadas.
Furiosas com a desconsideração, enviaram a festa um pássaro gigante que pousou no teto do palácio, encobrindo-o e impedindo que a cerimônia fosse realizada.
O rei mandou chamar os melhores caçadores da cidade. O primeiro conhecido como òsótògún tinha vinte flechas. Ele lançou todas elas, mas nenhuma acertou o grande pássaro. Então o rei aborreceu-se, e mandou-o embora.
Um segundo caçador conhecido como òsótogí se apresentou, este com quarenta flechas; o fato repetiu-se e o rei mandou prendê-lo. Osótododá, o caçador de 50 flechas, também não foi feliz.
Bem próximo dali vivia òsótokansósó, um jovem que costumava caçar à noite, antes do sol nascer. Ele usava apenas uma flecha vermelha. O rei mandou chamá-lo para dar fim ao pássaro. Sabendo da punição imposta aos outros caçadores, a mãe de òsótokansósó, temendo pela vida do filho, consultou um babalaô que aconselhou que se fosse feita uma oferenda para as feiticeiras, assim ele teria sucesso.
A oferenda consistia em sacrificar uma galinha e na hora da entrega dizer três vezes: que o peito do pássaro receba esta oferenda! Nesse exato momento, òsótokansósó deveria atirar sua única flecha. E assim o fez, acertando o pássaro bem no peito. O povo então gritava: oxó wussi, (oxó é popular) passando a ser conhecido por OXÓSSI. O rei, agradecido pelo feito, deu ao caçador metade de sua riqueza e a cidade de ketu, "terra dos panos vermelhos", onde OXÓSSI governou até sua morte, tornando-se depois um Orixá.

ERINLÉ É CHAMADO IBUALAMA

Havia um caçador chamado ERINLÉ, o grande caçador de elefantes. Um dia uma mulher passava perto de um rio e ali perto, junto ao bosque, avistou o caçador. Ele pediu a ela que lhe desse água para beber, a mulher entrou no rio até a altura dos joelhos e, quando se inclinou para apanhar água, ouviu de ERINLÉ a ordem de que entrasse mais fundo. Mais fundo no rio entrou a mulher, mas percebendo que o rio ia afogá-la, saiu imediatamente da água, com medo de ser morta.
Ela ouviu então a voz do caçador, que era o próprio rio, reclamando que ela não trazia oferenda alguma, ela queria recolher sua água, mas nada lhe dava em troca.
Ninguém pode entrar no rio profundo sem trazer presentes, tempos depois, quando ERINLÉ foi cultuado como ÒRÌÀ, seus seguidores o chamaram de IBUALAMA, que quer dizer "Água Profunda".

ELE NÃO MORREU

Diz uma das lendas que certo dia OXÓSSI i chegou a sua aldeia, quase arriando pelo peso da capanga, das cabaças vazias e pelo cansaço de rastrear a caça rara. OXUM, sua mulher e mãe de seu filho, olhou para ele e pensou: ''só caçou desgraça". Pois a desgraça para OXÓSSI foi prevista por IFÁ, que ele alertou OXUM. Porém, quando ela contou aOXÓSSI sobre essa previsão, ele disse que a desgraça era a fome, a mulher sem leite e a criança sem carinho. E que desgraça maior era o medo do homem. Quando OXÓSSI se aproximou de OXUM, ela notou que ele trazia algo na capanga, sentiu medo e alegria. Havia caça na capanga do marido e ela imaginou se seria um bicho de pelo ou de pena.
Ansiosa, perguntou a ele, que respondeu: "Trago a carne que rasteja na terra e na água, na mata e no rio, o bicho que se enrosca em si mesmo''. Falando isto retirou da capanga os pedaços de uma grande Dan (cobra). O bicho revirava a cabeça e os olhos, agitava a língua partida e cantava triste: "Não sou bicho de pena para OXÓSSI matar". A grande Dan pertencia a XANGÔ e OXÓSSI não poderia matá-la.
OXUM fugiu temendo a vingança de XANGÔ, indo até IFÁ que disse: "A justiça será feita, assim o corpo de OXÓSSI irá desaparecer, desaparecerá da memória de OXUMARÊ e a quizila desaparecerá da vingança de XANGÔ.
Fazia também parte da punição que ele saísse da memória do povo de Ketu. Assim, OXÓSSI ficou sete anos esquecido. No dia de Orunkó (o nome de santo de cada um), ao ser dado as diginas aos Orixás, o povo de Ketu começou a chorar por não se lembrar do nome de seu rei. Abaixaram os olhos e tentaram compreender por que nunca se lembravam dele. Então, IFÁ ensinou-lhes um orô (reza que se faz para o sacrifício de animais):
Omo - Odé - Lailai
Omo - Odé - Kosajô
Abaderoco Koisô
Omo - Odé - Kosajô
Após o orô, o povo começou a se lembrar dele. IFÁ disse que esse era o orô de OXÓSSI, o Orixá caçador, corajoso Rei de Ketu e rei da caça, que nada temia e preservava a vida de seus filhos e dos filhos dos filhos de seus filhos.
OXÓSSI não morreu, ele encantou-se para sempre, pois tem medo de frio, por isso não gosta de EKU.
QUALIDADES

ODÉ WAWA = Vem da origem dos Òriás caçadores. (azulão com branco)
ODÉ WALÈ = É velho e usa contas azuis escuro. É considerado como rei na África, pois, seu culto é ligado, diretamente, a pantera. É muito severo, austero, solteirão e não gosta das mulheres, pois, as acha chatas, falam demais, são vaidosas e fracas. (azulão com branco)
ODÉ OSEEWE OU YGBO = É o senhor da floresta, ligado as folhas e a òónyín, com quem vive nas matas. (azulão com branco)
ODÉ INLÉ = o filho querido de OXALÁ e IEMANJÁ, o caçador de elefantes. (azulão com branco)
ODE TÓKÚERAN = O caçador é quem mata a caça, diz-se da atuação do caçador. (azulão com branco)

Ode o m'óta! (Odé voce rende os inimigos)

LENDA DE OTIM

QUATRO SEIOS

OKE, rei da cidade de Otã, tinha uma filha. Ela nascera com 4 seios e era chamada de OTIM. O rei OKE adorava sua filha e não permitia que ninguém soubesse de sua deformação. Este era o segredo de OKE, este era o segredo de OTIM. Quando OTIM cresceu, o rei aconselha-a a nunca se casar, pois um marido, por mais que há amasse um dia se aborreceria com ela e revelaria ao mundo seu vergonhoso segredo. OTIM ficou muito triste, mas acatou o conselho do pai. Por muitos anos, OTIM viveu em Igbajô, uma cidade vizinha, onde trabalhava no mercado. Um dia, um caçador chegou ao mercado, e ficou tão impressionado com a beleza de OTIM, que insistiu em casar-se com ela. OTIM recusou seu pedido por diversas vezes, mas, diante da insistência do caçador, concordou, impondo uma condição: o caçador nunca deveria mencionar seus quatro seios a ninguém. O caçador concordou, e impôs também sua condição: OTIM jamais deveria por mel de abelhas na comida dele, porque isso era seu tabu, seu ewó.
Por muitos anos, OTIM viveu feliz com o marido. Mas como era a esposa favorita, as outras esposas sentiram-se muito enciumadas. Um dia, reuniram-se e tramaram contra OTIM.
Era o dia de OTIM cozinhar para o marido; ela preparava um prato de milho amarelo cozido, enfeitado com fatias de coco, o predileto do caçador. Quando OTIM deixou a cozinha por alguns instantes, as outras sorrateiramente puseram mel na comida. Quando o caçador chegou a casa e sentou-se para comer, percebeu imediatamente o sabor do ingrediente proibido.
Furioso, bateu em OTIM e lhe disse as coisas mais cruéis, revelando seu segredo: "Tu, com teus quatro seios, sua filha de uma vaca, como ousaste a quebrar meu tabu?" A novidade espalhou-se pela cidade como fogo. OTIM, a mulher de quatro seios, era ridicularizada por todos.
OTIM, fugiu de casa e deixou a cidade do marido
Voltou para sua cidade, Otã, e refugiou-se no palácio do pai. O velho rei a confortou, mas ele sabia que a noticia chegaria também a sua cidade. Em desespero, OTIM fugiu para a floresta. Ao correr, tropeçou e caiu. Nesse momento, OTIM transformou-se num rio, e o rio correu para o mar. Seu pai, que a seguia, viu que havia perdido a filha. Lá ia o rio fugindo para o mar. Querendo impedir o Rio de continuar sua fuga, desesperado, atirou-se ao chão, e, ali onde caiu, transformou-se em uma montanha, impedindo o caminho do rioOTIM para o mar. Mas OTIM contornou a montanha e seguiu seu curso. OKE, a montanha, e OTIM, o rio, são cultuados até hoje em Otã. ODÉ, o caçador, nunca se esqueceu de sua mulher.
QUALIDADES:

OTIN MALÉ = esposa de Odé (lilás com azul claro)
OTIN BOLÁ = outra esposa de Odé (lilás com azul claro)
FERRAMENTAS: Arco e flecha, funda, bodoque, moedas e búzios.
AVE: aves malhadas varias cores
QUATRO PÉ: leitoa.


OTÌN BÒ RÒ ODE (OTIN VEM AJUDAR ODÉ)

BEBIDA > água de coco, aluá, garapa, vinho doce, mate, água de coco, água com mel, vinho moscatel
COR > verde com amarelo, Azul e branco para ODÉ e Azul e rosa para OTIM
COME > coco, abóbora moranga, angolista, frutas, pombos.
DIA DA SEMANA > Quinta-feira
Dia da Lua: quinto dia da Lua Nova
DOENÇAS> doenças mentais, úlcera gástrica
ELEMENTO> terra +
EMBLEMA> ofé, irukerê
ERVAS> arruda, alecrim, guiné, acácia, alfavaca do campo (quiôiô), eucalipto, guiné pipi, guiné caboclo, jaborandi, jurema, mangueira, peperegum verde, samambaia, goiabeira.
ESSÊNCIAS > sândalo.
FLORES > todas de pendão, palmas brancas, palmas vermelhas, girassol
FRUTAS > coco, milho verde, abacate
HABITAT > mata fechada alta.
METAL > zinco, mercúrio.
METAL>latão
NATUREZA > floresta, selva, árvores.
NÚMERO > 07 e seus múltiplos
OFERENDA > Odé - Costela de Porco e feijão miúdo, Otim - Chuleta de Porco e feijão miúdo.
PEDRAS > esmeralda, quartzo verde, crisoprásio, aventurina, peridoto, jade
SIMBOLO > arco e flecha, bodoque, espingarda.
SAUDAÇÃO > Oké!!!Saudação: Okebambo
SAÚDE > aparelho respiratório.
EBÓ, FEITIÇO , MACUMBA

ABRE CAMINHO VATAPÁ /ABÓBORA

MATERIAL:
-1/2 K DE ABÓBORA
-200 GRS DE FARINHA DE MANDIOCA FINA
-2 CEBOLAS SECAS GRANDE
-1 COLHER SE SOPA DE COENTRO EM PÓ
-7 COLHERES DE SOPA DE TEMPERO VERDE PICADO
-100 ML DE LEITE DE COCO
-SAL A GOSTO
-2 COLHERES DE SOPA DE AZEITE-DE-DENDÊ
-5 FIGOS VERDE

PROCEDIMENTO:
Ponha em uma panela a farinha de mandioca de molho em 400 ml de água, colocando primeiro a água a pós aos poucos a farinha. A parte cozinhe a abóbora e amasse com um socado de madeira. Na panela que estava reservada com a farinha coloque a abóbora, o sal, misture tudo acrescentando a água do cozimento da abóbora, aos poucos até que fique uma papa. Mecha sempre para que não grude no fundo da panela. Depois acrescente todos os temperos, cortados e amassados. Deixe tudo cozinhar mexendo sempre. Após desligue o fogo e ascendente azeite-de-dendê e o leite de coco. Mecgha um pouco mais para misturar bem.Enfeite o prato com os 5 figos.

Dia para arriar: quinta-feira, 09 hs
Dia para despachar: quinta-feira 18 hs
Vela :verde com amarelo, ou branca


ALUÁ

MATERIAL:
- ÁGUA MINERAL SEM GÁS-
- MILHO VERDE-
- ARROZ-
- ABACAXI-
- RAPADURA DE PALHA-

PROCEDIMENTO:
Colocar água para ferver em uma vasilha. Adicionar milho, arroz, casca de abacaxi e rapadura, deixando ferver. Depois de três dias, coar e servir para o orixá. Esta bebida pode variar de acordo com a região,costume e tradição,pois é comum substituir a água mineral pela água do coco, que acredito ser muito bom, e o que é bom para nós também é para o orixá com certeza. As frutas podem também sofrer alteração, utilizando a fruta da época ou da região. Mas deve manter o milho e o arroz. Ok?

AXOXÔ

É a comida mais comum de Oxossi. Cozinha-se milho vermelho somente em água, depois deixa-se esfriar, coloca-se numa Gamela e enfeita-se por cima com fatias de coco. (pode-se cozinhar junto com o milho, um pouco de amendoim).

PARA BOAS AMIZADES.

MATERIAL:
-UM CESTO DE VIME MÉDIO.
-UM ALGUIDAR.
-SETE ESPIGAS DE MILHO VERDE,DESFIADA.
-UM AXOXÓ.
-UM PEDAÇO DE CARNE, LAGGARTO CRUA.
-UMA BENGALA DE MADEIRA.
-SETE QUALIDADES DE FRUTAS.
-SETE ACAÇÁS BRANCO,DESEMBRULHADOS.
-SETE ACAÇÁS VERMELHOS DESEMBRULHADOS.
-SETE MOEDAS ATUAIS, LAVADAS E SECAS.
-SETE GOMOS DE BAMBU.
-SETE GOMOS DE CANA-DE-AÇÇÚCAR.
-UM OROBÔ INTEIRO.
-UM OBI ABERTO.
-SETE VELAS VERDES.
-DOIS CORNOS DE BOI OU BÚFALO.

PROCEDIMENTO:
Ponha o axoxó no alguidar e este dentro do cesto de vime. Arrume, de forma bem bonita e decorativa, os demais ingredientes. Procure uma mata de árvores rondosas.
Bata um chifre no outro, chamando por odé OXÓSSI, pedindo o que quer. Ponha os chifres por cima do presente e acenda as velas

CHAMAR CLIENTES.

MATERIAL:
-UM ALGUIDAR.
-MEIO QUILO DE FEIJÃO FRADINHO.
-FATIAS FININHAS DE COCO.
-AZEITE-DE-DENDÊ.
-SAL.
-UMA VELA DE 30 CM.
-7 FRUTAS A SUA ESCOLHA.


PROCEDIMENTO:
]Cate bem o feijão-fradinho,deixando-o de molho por 20 minutos.
Escorra e leve a uma panela com um pouco de sal e azeite-de-dendê, mexendo sempre até torrar, sem deixar queimar. Quando estiver torrado, coloque dentro do alguidar,enfeite com o coco em fatias,deixe esfriar e ofereça a odé, fazendo seus pedidos. Ponha s frutas por cima para enfeitar e acenda as velas.

PEDIDO DE AJUDA

MATERIAL:
-UMA PANELA DE BARRO.
-UM PEDAÇO DE CARNE DE BOI..
-UMA CEBOLA.
-UM TOMATE.
-UM PIMENTÃO VERDE.
-AZEITE DOCE.
-14 FOLHAS DE ALFACE.
-UM ABACAXI OU MELÃO.


PROCEDIMENTO:
Corte a carne de boi em pedaços e cozinhe, a seguir tempere com azeite doce, cebola, tomate e pimentão picadinhos.
Deixe esfriar e coloque na panela de barro, forrada com folhas de alface, no centro, ponha o abacaxi ou o melão inteiro.
Leve para um campo ou mata e ponha embaixo de uma palmeira, chamando pela falange dos caboclos, em nome de OXOSSI.

ORAÇÃO A ODÉ.

Glorioso ODÉ, caçador de glórias, de bem-aventuranças, aquele que nos traz a prosperidade, a fartura, o pão de cada dia, dai-nos a certeza de que nosso cotidiano a sua presença seja uma constante.
Amantíssimo, peço em nome de Orumilá, Ifá, Odudua e Orixalá, pela corte de Olórum, que traga a paz ao tão agitado mundo, saúde aos nossos doentes, esperanças ás nossas crianças, paz e tranqüilidade aos nossos idosos.
Ó pai Odé perdoe nossas injúrias, nossas lamentações, dai-nos forças para prosseguir o nosso caminhar, resignação, Pai, para aceitar tudo aquilo que Vós achais que mereçamos.
Que no me caminho, no meu dia a dia, sua companhia seja mantida, que sua flecha corte todos os nossos males e inimigos ocultos e declarados.
Que o alá de Oxalá nos cubra de paz,saúde,prosperidade e união.








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