sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

CAMBONOS - OS OBREIROS DA UMBANDA


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Obreiro: “Que ou aquele que trabalha; operário, trabalhador”.
A palavra “Cambono” é originária do termo: Kambondo; Kambono; Kambundu; que nada mais é do que um título consagrado aos homens que não entram em transe mediúnico, e são responsáveis por várias funções de alta confiabilidade nos Candomblés de Nação Congo Angola.
Portanto, esse termo já existia antes da anunciação da Umbanda e já era consagrado para definir um cargo auxiliar importante dentro dos culto-afros, sendo, posteriormente absorvido pelos umbandistas para definir os obreiros que auxiliam os Guias Espirituais nos trabalhos mediúnicos. Qualquer tipo de “cargo, atividade e/ou funções” dentro de um Terreiro umbandista tem como designativo o pré-nome: Cambono, seguido pela atividade que ocupa. Assim, evita-se qualquer tipo de soberbia, nariz empinado, comum, quando recebemos cargos de responsabilidade com nomes que denotam grandeza.
Observem que os Guias Espirituais militantes na Umbanda utilizam de nomes simbólicos que escolhem por encontrarem afinidades com seu tipo psicológico, funções que realizarão bem como o “personagem” que representarão em suas manifestações fluídicas arquetípicas regionais.
“Na parte ritual da Umbanda não se aceita a manifestação de desencarnados. Só “personagens” podem incorporar: os Pretos-Velhos, os Índios, as Crianças etc. Se o seu pai desencarnado quer se manifestar em um trabalho de Umbanda, ele não pode. Mas um Pai Joaquim pode. Os Espíritos tomam posturas materiais para participar do “teatro” da Umbanda” (Pai Joaquim de Aruanda, através do médium Adilson Marques).
Não achem que os títulos utilizados pelos Guias Espirituais são usados tão somente por fazerem parte de um grupo seleto de Espíritos, onde todos usam o mesmo nome do dirigente do conjunto, por homenagem ou mesmo imposição. Os Guias Espirituais ao receberem autorização para iniciarem seus trabalhos caritativos num Cambono Medianeiro, antes, escolhem um nome simbólico, mas, simples como eles são, mas, é simplesmente um nome e nada mais; não tem nada de esotérico e nem metafísico; é só um nome simbólico e simples, escolhido pelo Espírito para designá-lo perante a comunidade. Os nomes dos Guias Espirituais são o símbolo da beleza natural de tudo o que representa a Natureza, a religião, a espiritualidade, o trabalho, o caminho, a fé, o amor, a caridade, etc.
Prova disso, é a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, quando espíritas lhe perguntaram qual seria seu nome.
Ele somente disse: “Para que nomes? Vocês ainda têm necessidade disso? Não basta a minha mensagem? Se é preciso que eu tenha um nome, digam que sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, pois para mim não existem caminhos fechados”.
Isso prova que é somente um nome e nada mais, não demonstrando nada mais que um simples nome simbólico, usado por um Espírito simples. Não existe nada de grandeza e muito menos de missão divina nesse nome.
Assim também devem ser com as nominações utilizadas para designar cargos na Umbanda. Simples e objetivas.
Cambono é um termo simples, desprovido de pompas e é o nome que mais representa a Umbanda, pois é designativo de trabalho e nada mais.
Como exemplo, teremos:
  • Cambonos Coordenadores: São os médiuns mais velhos, médiuns coroados, designados pelo dirigente para auxiliá-lo na condução ritualística, doutrinária e disciplinar de toda a corrente mediúnica.
  • Cambonos de Eventos: São os médiuns designados para auxiliar nos eventos beneficentes ou de captação de recursos para o Terreiro.
  • Cambonos de Evangelização: São os médiuns designados para auxiliar na evangelização em geral.
  • Cambonos de Reza: São os médiuns designados para a condução do Ritual do Rosário das Santas Almas Benditas, bem como a prática de rezas e orações.
  • Cambono de Manutenção: É o médium responsável pela manutenção predial, hidráulica, elétrica, etc., do Terreiro.
  • Cambonos Medianeiros: São os médiuns psicofônicos, popularmente classificados como “médiuns de incorporação mediúnica”, que também são classificados de Cambonos.
Mas, o que seria mediunidade de psicofonia? A psicofonia está presente na grande maioria dos médiuns umbandistas sendo identificada em 80% dos casos. Informalmente é denominada de “Mediunidade de Incorporação”. Essa denominação foi adotada devido à impressão provocada pelo comportamento dos médiuns quando em transe mediúnico de psicofonia. Como muitas vezes o Espírito comunicante assume sua personalidade por fala e gestos, se têm a impressão que o Espírito comunicante “entrou” no corpo do médium e, por isso, surgiu naturalmente o termo “incorporação”. Sua ocorrência se dá através da exteriorização do corpo astral do médium. Permite que o Espírito comunicante tenha acesso (via corpo astral) aos chacras e aos centros nervosos de controle de algumas funções orgânicas do médium, tais como: a fala, o movimento de membros e outros mecanismos motores do corpo. Conforme o grau de exteriorização do corpo astral ocorrerá o maior ou menor controle dos centros nervosos do corpo do médium. Esses médiuns classificamos como: Cambonos Medianeiros.
Entre outros, conforme a necessidade do Terreiro.
Nesse tratado, em especial, trataremos do imprescindível: Cambono Mantenedor (Aquele que mantém a ordem, sustenta, protege ou defende), ao qual todos fazem parte.

O QUE É SER UM MÉDIUM CAMBONO MANTENEDOR
Os Cambonos Mantenedores também são médiuns (Médiuns são todos que sentem, de alguma maneira, a presença dos Espíritos, independente da intensidade e da diversidade dessas manifestações. Essa faculdade é inerente ao ser humano e não constitui privilégio de ninguém, pois todas as pessoas possuem mediunidade mesmo que em “estado rudimentar”) e seus trabalhos são tão importantes quanto os dos Cambonos Medianeiros de uma Casa Umbandista. Eles também devem seguir certos procedimentos e ter a mesma dedicação e responsabilidade.
O Cambono Mantenedor é o colaborador que está presente nas Giras Mediúnicas, contribuindo na agilização de todo o desenvolvimento do trabalho realizado, e, principalmente, mantendo o padrão vibratório material e espiritual, para que as tarefas espirituais se realizem a contento. Como o próprio nome diz, embora, no dia, não esteja envolvido diretamente no fenômeno do transe mediúnico, fazem a sustentação material e vibratória dos trabalhos, mantendo o padrão disciplinar e magnético elevado por meio de ações positivas, orações, pensamentos e sentimentos elevados.
Ao contrário do que se pensam, os médiuns Cambonos Mantenedores são tão importantes quanto os Cambonos Medianeiros, pois são eles que ajudam a garantir segurança, firmeza e proteção para o grupo e para o trabalho, enquanto os outros, juntamente com os Guias Espirituais, desenvolvem o trabalho assistencial em atendimentos fraternos.
Considerando esse papel, podemos listar alguns requisitos importantes para os médiuns Cambonos Mantenedores:
Responsabilidade
Tanto quanto o Cambono Medianeiro, o médium Cambono Mantenedor precisa conhecer a mediunidade e tudo o que diz respeito ao trabalho com a espiritualidade e as energias humanas, a fim de poder auxiliar eficientemente o dirigente do trabalho e os seus colegas médiuns.
Firmeza mental e emocional
Como é o responsável pela manutenção material e do padrão magnético durante os trabalhos espirituais, o médium Cambono Mantenedor deve ter grande firmeza de pensamento e sentimento, a fim de evitar desequilíbrios emocionais e vibracionais que poderiam pôr a perder a segurança do trabalho e dos outros trabalhadores, ou seja, evitar a todo custo a “quebra do corrente fluídica”. Mas, o que seria essa tal de “Corrente Fluídica”, que os Guias Espirituais dão tanta importância?

EGRÉGORA
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Se você é pai no santo ou médium frequentador de algum Terreiro, já deve ter pelo menos ouvido alguém dizer: “Olha a corrente, gente! Vamos concentrar”!
Você sabe realmente o que isso quer dizer? Muita gente (até as que falam) não sabe!
O que é essa tal de “corrente”? Será uma corrente de ferro ou de fibras que se forma no invisível? Será uma corrente que vai prender os Espíritos? Será? Será?
Na verdade, quando um dirigente (quando bem preparado) chama a atenção para a “corrente” é porque ele sentiu uma queda ou diminuição na energia ambiental (egrégora) que deve ser mantida pelos médiuns em um potencial elevado, de forma a manter os trabalhos em nível adequado, até mesmo por uma questão de auto preservação.

Essa questão da “corrente” ou egrégora é tão importante que vamos nos aprofundar um pouco mais no assunto para que você possa perceber, se orientar e orientar a outros.
Nota do autor: “Egrégora provém do grego “egrégoroi” e designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade. É o envolvimento, clima envolvente, estado de Espírito resultante de fatores externos e internos. Quando um grupo de pessoas se reúne em meditação e oração com um objetivo comum, pela união do amor e da vontade é criada uma forma pensamento. Essa forma pensamento coletiva é formada pela vontade dos encarnados e desencarnados, movidas pela intenção. Baseada na Grande Lei de que cada pensamento/sentimento, cada intenção, quando aliada ao desejo sincero transmite uma força dinâmica separada do ser que a forma e a envia, formamos um grupo de meditação e oração para podermos juntos emitir pensamentos saudáveis de amor e paz, conduzidos no plano astral pelos Anjos, Orixás, Guias Espirituais, Santos, etc., canalizados para um bem comum. A força de uma egregóra é ampliada, e segundo a intenção e dinamização do grupo formador, se torna poderosa”.
Vou tomar como exemplo uma Gira de Umbanda, mas advirto que você pode adaptar minhas explicações para entender práticas espirituais, inclusive das Igrejas Evangélicas que fazem curas, etc. Vamos considerar um grupo de 10 pessoas e partir do princípio de que todas estão unidas por um mesmo ideal. Isso é a base de tudo!
Criada a egrégora como já vimos antes (pela união dos pensamentos direcionada aos mesmos fins), cada vez mais energias de mesma sintonia são atraídas para o ambiente. Essas energias somadas atuam imediatamente nas pessoas que ali estão e em alguns casos, se for bem forte já começam a operar alguns “milagres”, desde que as pessoas estejam em estado de recepção (concentradas no ritual e ansiando por receberem um bem). As entidades afins (aí eu já estou falando de seres espirituais) penetram e até são atraídas para o interior. Entidades inferiores tendem a ser barradas por uma força invisível (a energia) que a princípio é incompatível com suas vibrações (isso se tudo estiver “correndo bem”).
Se uma entidade inferior for atraída para dentro da egrégora, ela fica de certa forma subjugada pela força desta e desse modo se consegue lhes dar um melhor encaminhamento para outros planos espirituais.
As entidades afins usam parte dessa energia para auxiliar os que ali estão na medida de suas possibilidades.

A técnica usada nos Terreiros de Umbanda e Candomblé para formar a egrégora inicial (quando os grupos são bem dirigidos) está baseada nos rituais de “abertura”.
Já nas Igrejas Evangélicas e outras, consiste basicamente nas pregações, que fazem com que os adeptos se concentrem ou dirijam seus pensamentos de acordo com a “pregação”.
Se você for um estudioso e não carregar preconceitos, notará que nessas “pregações” há sempre um direcionamento do raciocínio dos ouvintes de forma a fazê-los pensar positivamente e acreditarem firmemente na possibilidade de alcançarem os bens que foram procurar. Nesse momento, embora nem saibam, às vezes, estão gerando a egrégora. Fazer com que a assistência participe ativamente, pensando positivamente, deve ser parte obrigatória de todas as Giras de Umbanda. Essa, no entanto é uma prática esquecida e o que vemos em muitos Terreiros é uma assistência quase que sempre alheia, só participando em alguns momentos, de preferência quando vêm de encontro ao que lhes interessa.
Dessa egrégora, como já disse, são retiradas as energias para a realização dos trabalhos, o que vale dizer que se essa energia não for forte o suficiente, o mínimo que pode acontecer é acontecer nada. Por outro lado, se a corrente ou egrégora das “Giras” não for suficiente, várias complicações podem acontecer com o passar do tempo, sendo que, o(a) dirigente, por ser o centro maior das atenções e para quem convergem as maiores quantidades de energia ali geradas e mesmo as trazidas pelos assistentes, é quem sofre, por assim dizer, as maiores consequências dos trabalhos realizados sem a devida segurança.
Veja abaixo alguns tipos de complicações que podem ocorrer:
  • Médium dirigente e/ou médiuns auxiliares não conectados positivamente com suas entidades de guarda o que pode provocar de imediato incorporações insatisfatórias, e insegurança – animismo.
  • Perturbações por intromissão de entidades do Baixo Astral que encontram entrada fácil nesses casos.
  • Problemas com médiuns e/ou assistência com relação até mesmo à integridade física, pois não é raro em sessões dessa natureza, haverem manifestações turbulentas de entidades descontroladas e médiuns idem.
  • Cansaço físico de dirigente e médiuns ao final dos trabalhos pela perda energética sofrida. O normal é que quando se encerram os trabalhos, todos os médiuns se sintam em perfeitas condições físicas e, não se tratando de trabalhos de descarga e desobsessão, é normal até que saiam sentindo-se melhor do que quando chegaram, justamente porque conseguiram atrair uma grande quantidade de energia positiva da quais todos poderão desfrutar.
Observação: Existem mais situações que podem acontecer, mas vamos ficando por aqui, pois só as citadas já darão como consequências as que vêm após.
Complicações que podem ocorrer com a continuidade dos problemas:
  • Enfraquecimento crescente dos contatos entidade/médium.
  • Corpo mediúnico cada vez mais inseguro.
  • Dificuldades crescentes para a realização de trabalhos.
  • Problemas começam a surgir na vida material de todos.
  • Discórdias entre o grupo começam a gerar desentendimentos maiores.
  • Formam-se grupos dentro do grupo dividindo a energia ao invés de somá-la.
  • Doenças e dificuldades começam a aparecer.
  • Como os contatos espírito/médium já não são tão positivos, torna-se difícil ou impossível a solução de problemas que antes eram nada (aí, não raramente começam a se consultar em outros lugares).
Para sintetizar: Todos serão altamente prejudicados por seus próprios atos e desunião e, como ocorre normalmente, ao final elegerão sempre um culpado – ou o dirigente ou a própria Umbanda (no nosso caso).
Ainda sobre a egrégora de Terreiros de Umbanda, é preciso que se explique que ela, além de ser formada e nutrida com a energia gerada em cada reunião, também é favorecida pelas “firmezas” ou “assentamentos” que devem ser tratados, reforçados e respeitados.
Mais uma explicação. Assentamento, como muitos podem crer, não é prática exclusiva das religiões Afro. Até mesmo elas “importaram” essa prática de Seitas e Religiões muito mais antigas. Se os assentamentos estiverem bem “sintonizados” com as energias e entidades para os quais foram dirigidos, sabendo o/a dirigente acioná-los, eles serão de grande importância (caso contrário serão meros ocupantes de lugar), pois poderão trazer para o ambiente essas energias e entidades que beneficiarão sobremaneira a realização de trabalhos positivos.
Para resumir e ficar bem entendido observe o seguinte:
  • Energia positiva atrai energia positiva (o oposto também vale).
  • Pensamentos (que geram energia) positivos atraem energias e fatos positivos (ou negativos…).
  • Medo, insegurança e discórdias quebram a rotina da criação e da ação de energias positivas.
  • Fé (certeza, convicção) provoca sempre a criação de energia e, quanto maior for maior será a ação dessa energia.
  • Egrégoras são energias que podem ser geradas e fortalecidas a cada dia. Se elas serão positivas ou negativas, dependerá de quem as criará.
  • Egrégoras (se positivas) são de utilidade total em qualquer reunião para trabalhos mediúnicos. Quanto mais fortes, maior o auxílio que podem prestar.
  • Egrégoras formam-se até mesmo em sua casa, seu ambiente de trabalho, etc. Só que nesses casos, como não costuma haver um direcionamento das energias que a formarão (a não ser em poucos casos) elas correm o risco de serem negativas.
  • Grupos desunidos, por mais forte que queira parecer o dirigente, estarão sempre a um passo da derrota em função de não conseguirem gerar o ambiente propício para a presença de verdadeiros Espíritos Guias.
A disciplina e a união em torno de objetivos comuns são partes sólidas da base que construirá o verdadeiro Templo – aquele onde comparecerão sempre os verdadeiros Amigos Espirituais.
(Claudio Zeus – extraído do livro Umbanda Sem Medo Vol I)
Equilíbrio vibratório
Como trabalha principalmente com magnetismos, que movimenta com os seus pensamentos e sentimentos o Cambono Mantenedor deve ter um padrão vibratório médio elevado, a fim de poder se manter equilibrado em qualquer situação e poder ajudar o grupo quando necessário. Para isso, deve observar sempre a prática do Evangelho no Lar, a prática de orações, bem como a preparação necessária na noite que antecede o trabalho e no dia propriamente dito, cuidando do descanso, da alimentação, da higiene física e mental, dos banhos ritualísticos, da defumação, da firmeza da sua guarda, etc., bem como ao chegar no Terreiro, ao invés de ficar com brincadeiras e jogando conversa fora, procurar se harmonizar, realizando uma limpeza áurica, centralização dos chacras e posteriormente uma meditação de harmonização com as forças da Natureza.
Compromisso com o Terreiro, o grupo, os Guias Espirituais e os assistidos
O médium, Cambono Mantenedor deve lembrar-se de que tem alguns compromissos a serem bem observados:
  • Com a casa que trabalha: conhecendo e observando os regulamentos internos a fim de segui-los; explicá-los, quando necessário, e fazê-los cumprir, se for o caso; dando o exemplo na disciplina e na ordem dentro do Terreiro; colaborando, sempre que possível, com as iniciativas e campanhas da instituição.
  • Com o grupo de trabalhadores em que atua: evitando faltar às reuniões sem motivos justos, ou faltar sem avisar o dirigente ou o seu coordenador; procurando ser sempre pontual nos trabalhos e atividades relativas; procurando colaborar com a ordem e o bom andamento dos trabalhos.
  • Com os Guias Espirituais: lembrando que eles contam também com os médiuns Cambonos Mantenedores para atuar no ambiente e nas energias necessárias aos trabalhos a serem realizados, e que, se há faltas, são obrigados a “improvisar” para cobrir a ausência. Os Guias Espirituais devem ser atendidos harmoniozamente, com presteza e respeito.
  • Com os assistidos: encarnados e desencarnados, que contam receber ajuda no Terreiro e não devem ser prejudicados pelo não comparecimento de trabalhadores. Todos deverão ser recebidos e tratados com esmero, dedicação, respeito e educação.
Ausência de preconceito
O médium, Cambono Mantenedor não pode ter qualquer tipo de preconceito, seja com os assistidos encarnados ou desencarnados, seja com os dirigentes, mentores, etc. Ele não está ali para julgar ou criticar os casos que tem a oportunidade de observar, mas para colaborar para que sejam solucionados da melhor forma, de acordo com a sabedoria e a justiça de Deus.
Discrição
O médium, Cambono Mantenedor nunca deve, fora ao dirigente da casa, relatar ou comentar, dentro ou fora do Terreiro, às informações que ouve, os problemas dos quais fica sabendo e os casos que vê nos trabalhos de que participa.
A discrição deve ser sempre observada, não só por respeito aos assistidos envolvidos, encarnados e desencarnados, como também por segurança, para que entidades espirituais menos esclarecidas envolvidas nos casos atendidos não venham a se ligar a trabalhadores, provocando desequilíbrios.
Os comentários só devem acontecer esporadicamente, de forma impessoal, como meio de se esclarecer dúvidas e transmitir novas informações a todos os trabalhadores, e somente no âmbito do grupo, ao final dos trabalhos, ou nas Giras de Desenvolvimento Doutrinário ou Desenvolvimento Mediúnico, omitindo nomes.
É de suma importância, ao término dos trabalhos, fazer um relatório de tudo o que observou, apresentando-o ao Cambono Chefe que reportará ao dirigente da casa para que tome as providências necessárias. Não deve fazer “vista grossa” com assuntos ou posturas que podem comprometer ou denegrir o Terreiro onde trabalha. Lembre-se: “quem cala consente e é conivente”. Não pode de forma alguma, comentar com seus colegas o que observou de diferente nos trabalhos.
O Cambono Mantenedor, por ser pessoa de confiança do dirigente da casa, assim como da entidade espiritual que estiver atendendo, caso perceba qualquer coisa estranha, qualquer coisa que não faça parte dos procedimentos normais, deve reportar-se ao Cambono Chefe na mesma hora para que sejam tomadas as devidas providências. Nunca se omita, correndo o risco de coisa se avolumar e você também se enrolar.
É por isso que é tão importante, e necessário, que o Cambono Mantenedor saiba todos os procedimentos de trabalho e todas as normas da conduta que entidades espirituais e médiuns devem ter dentro do Terreiro.
Coerência:
Tanto quanto o Cambono Medianeiro, o Cambono Mantenedor deve manter conduta sadia e elevada, dentro e fora do Terreiro em que trabalha, para que não seja alvo da cobrança de entidades espirituais desequilibradas, no intuito de nos desmascarar em nossas atitudes e pensamentos.
Como vemos, as responsabilidades dos Cambonos Mantenedores são as mesmas que a dos Cambonos Medianeiros, e exigem deles o mesmo esforço, a mesma dedicação e a mesma responsabilidade.

fonte: http://www.umbanda.com.br/cambonos-tea/cambono1-menu.html

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