quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A História do Baralho Petit Lenormand ou Baralho Cigano


Mademoiselle Marie Anne Adelaïde Lenormand ou Mlle Lenormand,
foi uma cartomante francesa, a grande Sibila do século XIX.

Alem de trabalhar com a cartomancia, era astróloga, quiromante, numeróloga e tinha muitos outros conhecimentos como geomancia, cabala, tarô, alquimia dominomancia, cafeomancia.

E também no estudo das flores e ervas como instrumento de mensagem oracular.
Ela revolucionou o conhecimento da Cartomancia, na época, utilizando flores,
ervas e talismãs junto com seu jogo de cartas.

Ficou famosa pelas previsões que fez às figuras ilustres da época,
como Jean Paul Marat, 
Antoine Saint-Just, Maximilien Robespierre, Fouché, Barras,
General Moreau, o cantor Garat, o pintor David, o príncipe Talleyrand.

Mlle Lenormand, inteligente, ativa e idealista, dedicada aos estudos e a ajudar o próximo,
sonhava com um mundo melhor, e a seu modo, como intelectual,
acompanhava e analisava os movimentos sociais da época.

O mais antigo baralho anexado ao nome de Mlle Lenormand é “La Sybille des Salons”,
com 52 figuras, cada uma das quais mostra um personagem diferente.
A mais antiga versão foi produzida a partir de 1828 destinada a cartomancia.

Houveram muitas modificações até que em 1870, foi reduzido para 36 cartas
e publicado pela Grimaud sob o título Le Petit Cartomancièn.
O conjunto com 36 cartas, ficou conhecido como Petit Lenormand.

Chegamos ao Petit Lenormand, o baralho de cartas sibillini (enigmáticas)
mais famoso do mundo, e também o mais imitado.

Com a morte de Mme Lenormand, muita desta sabedoria desapareceu com ela.
Somente cinqüenta anos depois, alguns manuscritos de Lenormand foram recuperados e mais tarde divulgados. 
O Baralho Petit Lenormand foi adaptado e difundido pelos ciganos.
A necessidade de se ter um oráculo próprio veio da própria natureza dos ciganos, que só usavam
o que era deles e recusavam tudo o que vinha dos Gadjos (não ciganos), pois não queriam ficar “presos”
às idéias e símbolos que não pertenciam a sua cultura e cotidiano. Sendo assim, eles transformaram
os desenhos, mudaram os significados do Tarô original e assim puderam trabalhar com um instrumento próprio. 
Basicamente, só encontramos no Baralho Cigano, a vida ao ar livre, a natureza,
rios, árvores, animais, que são sempre retratados por fazerem parte do dia-a-dia dos ciganos.
Na maioria das cenas retratadas, percebemos a necessidade que esse povo tem de liberdade
e da vida com constante contato com a natureza.
Faz parte da tradição cigana a prática da adivinhação pelas mulheres, porém, elas possuiam dois tipos de cartas:
uma para o uso restrito do grupo cigano, e outro que era usado para fazer adivinhação à comunidade. 


Por isso as pessoas se referem ao Petit Lenormand como o Baralho Cigano.
 

FONTE: http://www.kumpaniaromai.com.br/textos/baralhopetitlenormand.htm

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